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Ciclo de queda na Selic começa com cautela

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Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual, para 14,00% ao ano, dando início a um aguardado ciclo de diminuição da Selic, mas ao mesmo tempo alertando ao mercado que ainda enxerga obstáculos ao declínio mais acentuado da taxa no médio prazo.
Segundo o Copom, “o processo de aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia é longo e envolve incertezas” – ou seja, o grupo quer ver as medidas de ajuste fiscal do governo (o limite ao crescimento das despesas federais e a reforma da Previdência) devidamente aprovadas pelo Congresso antes de embutir os efeitos benéficos delas no cálculo da inflação futura.
A Proposta de Emenda Constitucional 241/2016, que limita o crescimento dos gastos públicos federais à inflação, foi aprovada em primeiro turno na Câmara, mas ainda precisa ser votada novamente pelos deputados e depois disso passar pelo Senado. A reforma da Previdência, por sua vez, sequer foi apresentada pelo governo. O mercado, porém, acredita que ela deve ser votada até o final do primeiro semestre do ano que vem.
Além disso, as autoridades do Copom apontaram que “há sinais de pausa recente no processo de desinflação” dos componentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que seriam mais sensíveis à contração econômica e ao atual contexto de juros elevados – serviços e itens não essenciais ou que exigem financiamento, por exemplo.
O IPCA de setembro, edição mais recente do indicador até a última reunião do Copom, mostrou que os preços de serviços em geral cresceram 0,33% naquele mês em relação a agosto, quando tiveram alta mensal de 0,59%. Apesar da desaceleração no ritmo de alta, o movimento destoou dos demais itens com preços definidos pelo mercado – alimentos consumidos em casa, por exemplo, ficaram 0,60% mais baratos em setembro, enquanto itens industriais também tiveram leve queda de preço, de forma geral.
É importante apontar que, apesar das ressalvas feitas pelo Banco Central, a inflação está claramente perdendo força. Em setembro, pouco mais da metade dos componentes do IPCA subiram de preço – bem menos que em novembro do ano passado, quando quase 80% deles registraram avanço. Isso e a avaliação do Copom de que “a inflação mostrou-se mais favorável no curto prazo” deve garantir que a Selic continue caindo nos próximos meses.
O ritmo da queda, porém, ainda é discutível. Nesta terça-feira o Copom divulgará a ata da última reunião de política monetária, o que deve ajudar os investidores a compreenderem melhor os pontos que ainda impedem o Banco Central de cortar a Selic com mais convicção.

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