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Comércio Varejista no Brasil: Todas as atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram forte retração anual em Agosto de 2016

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Na comparação com agosto de 2015, o volume de vendas no varejo brasileiro assinalou queda de 5,5%, com todas as atividades investigadas registrando variações negativas. Três delas respondem pelo principal impacto na formação da taxa global do varejo: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%); seguido por Combustíveis e lubrificantes (-10,0%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,8%).

A segunda maior contribuição veio de Móveis e eletrodomésticos, com queda de 9,3% nas vendas, enquanto o setor de Tecidos, vestuário e calçados, com recuo de 10,4%, exerceu a terceira maior participação na taxa global.

As demais taxas negativas foram registradas nos setores Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-15,1%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-9,0%).

Clique aqui para saber mais detalhes sobre a Pesquisa Mensal do Comércio realizada em agosto de 2016.

 

Variação anual no volume de vendas do comércio varejista por atividade

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -2,2% no volume de vendas em agosto sobre igual mês do ano anterior, exerceu o maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo. Esse resultado confirmou a trajetória descendente do segmento, evidenciado pela 19ª queda consecutiva nessa comparação, acumulando, para os oito primeiros meses do ano e em 12 meses, uma perda de 3,0%. Esta atividade teve seu desempenho influenciado pelo menor ritmo de crescimento da renda dos trabalhadores e pela pressão da elevação dos preços dos alimentos em domicílio, segundo IPCA.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com variação de -10,0% no volume de vendas em relação a agosto de 2015, representou também a maior contribuição negativa no resultado total do varejo. Em relação às taxas acumuladas, em oito meses do ano foi de -9,9% e nos últimos 12 meses, -10,1%. O crescimento dos preços do grupamento de combustíveis, acima da média geral, contribuiu para estes resultados, além do menor ritmo da atividade econômica e da renda do trabalho.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., foi o terceiro segmento com maior influência negativa na formação da taxa do varejo, com variação de -10,8% no volume de vendas em relação ao mesmo período de 2015, 13º resultado negativo consecutivo. Já em termos acumulados, as taxas foram: 12,0% nos oito primeiros meses do ano, e de 10,2% para os últimos 12 meses.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos respondeu pela segunda maior participação negativa no índice geral, com recuo de 9,3% no volume de vendas em relação a agosto do ano passado, sendo a 21ª taxa negativa nessa comparação. Em termos acumulados, os resultados foram: -13,6% no ano e -15,0% para os últimos 12 meses. Este comportamento negativo vem sendo decorrente de fatores como: restrições ao crédito, principalmente em função da manutenção da taxa de juros para crédito às pessoas físicas em patamar elevado, além da já citada redução da renda real.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que apresentou variação de -10,4% no volume de vendas em comparação com agosto do ano anterior, representou a terceira contribuição negativa à taxa global do varejo. Em relação às taxas acumuladas, os resultados foram de -11,4% para os oito primeiros meses do ano e de -11,5% para os últimos 12 meses. Mesmo com os preços do principal item que compõe a atividade variando menos que a inflação geral, o setor apresentou desempenho abaixo da média, acompanhando o quadro da conjuntura atual.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que registrou queda de 3,8% no volume de vendas em relação a agosto de 2015, acumulou taxas de -0,7% no ano e de -0,2% para os últimos 12 meses. Mesmo considerando a essencialidade dos produtos comercializados, o comportamento elevado dos preços de produtos farmacêuticos e renda real em queda são os principais fatores explicativos do comportamento negativo deste segmento.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 15,1% no volume de vendas sobre agosto de 2015, registrou a 31ª taxa negativa consecutiva nessa comparação. Em termos de taxas acumuladas, nos oito meses do ano e nos últimos 12 meses, as variações foram, respectivamente, de -16,8% e -16,0%. A trajetória declinante desta atividade, em especial para livros e jornais, vem sendo influenciada pela substituição da editoração gráfica pela digital.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentou variação de -9,0% sobre igual mês do ano anterior, 14º recuo consecutivo. Dentre os fatores que vêm determinando o desempenho negativo destaca-se a valorização do dólar frente ao real, além da restrição do crédito. Para períodos mais longos, as taxas foram: -15,1% nos oito primeiros meses do ano e -14,8% nos últimos 12 meses.

Em agosto de 2016, o comércio varejista ampliado registrou recuo de 7,7% comparado com o mesmo mês do ano anterior. O desempenho deste setor reflete, sobretudo, o comportamento das vendas de Veículos, motos, partes e peças, que apresentou queda de 13,1% em relação a agosto de 2015. Os resultados acumulados desta atividade foram de -14,7% em oito meses e de -17,7% nos últimos 12 meses. Estas variações foram influenciadas tanto pelo menor ritmo da atividade econômica, quanto pela elevação da taxa de juros às pessoas físicas e pelo comprometimento da renda familiar.

Quanto à atividade de Material de construção, as variações para o volume de vendas foram de -7,0% em relação a agosto de 2015. Em termos acumulados, as taxas foram: -12,2% em oito meses do ano e -12,7% nos últimos 12 meses. O menor ritmo da atividade econômica e a restrição nas operações de crédito são fatores que respondem pela redução do volume de vendas no comércio varejista ampliado.

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