Ibovespa sobe 1,7%, para 63.782 pontos, maior nível desde abril de 2012; no ano, ganho é de 47%

No encerramento, o Índice Bovespa fechou em 63.782 pontos, alta de 1,73%, a maior pontuação desde 3 de abril de 2012, quando fechou aos 64.284 pontos. O Ibovespa terminou perto da máxima do dia, de 63.937 pontos, com um volume negociado de R$ 9,875 bilhões, bem acima da média do ano, de R$ 7 bilhões.

Nos dois pregões desta semana, o Ibovespa já acumula alta de 3,26%, elevando o total em 30 dias para 11,74%. Em outubro, o índice já subiu 9,28% e, no ano, 47,14%. Os estrangeiros ajudam nessa alta, com uma compra líquida de ações na bolsa de R$ 2,258 bilhões no mês até dia 14 e de R$ 15,301 bilhões no ano. Em dólares, considerando a queda da moeda americana, o ganho do Ibovespa está em 11,3% em outubro e 80,3% no acumulado do ano.

Entre os principais papéis do índice, a ação preferencial (PN, sem voto) da Petrobras (BOV:PETR4) subiu 3,08% enquanto a ordinária (BOV:PETR3) (ON, com voto), 2,06%. Vale ON (BOV:VALE3) ganhou 2,91% e o papel PNA (BOV:VALE5), 2,60%. Nos bancos, destaque para Bradesco PN (BOV:BBDC4), com peso de 8,18% no índice, e que subiu 2,43%. Itaú Unibanco PN (BOV:ITUB4), maior peso no indicador, com 10,66%, subiu 1,39% e Banco do Brasil ON (BOV:BBAS3), com 2,9% do índice, ganhou 2,07%.

As maiores altas do Ibovespa foram de papéis ligados a commodities, como a ação PN da Bradespar (BOV:BRAP4), holding de ativos não financeiros do Bradesco e que tem em sua carteira uma grande parcela de ações da Vale. O papel subiu 5,77%, a maior alta do índice. Em seguida vieram Gerdau PN (BOV:GGBR4), 5,03%, Cosan ON (BOV:CSAN3), 4,99% e Gerdau Metalúrgia PN (BOV:GOAU4), 4,69%.

Papéis do setor de educação também ajudaram na alta, após o Congresso aprovar a suplementação de verbas para o programa de financiamento oficial, o Fies. Estácio Participações ON (BOV:ESTC3) subiu 4,42% e Kroton ON (BOV:KROT3), 4,28%.

Apenas sete dos 58 papéis do índice caíram hoje, reforçando o clima de euforia do mercado. Energias do Brasil ON (BOV:ENBR3) caiu 1,15%, JBS ON (BOV:JBSS3), 0,87%, Smiles ON (BOV:SMLE3), 0,60% e Cemig PN (BOV:CMIG4), 0,56% lideraram as baixas.

No exterior, indicadores mais fracos de inflação nos Estados Unidos reforçaram a expectativa de que os juros americanos vão subir devagar nos próximos meses, o que beneficia a liquidez mundial e o fluxo para ativos de risco e mercados emergentes. O petróleo subiu, e o barril do tipo WTI, negociado em Nova York, fechou em US$ 50,77, alta de 1,66%, enquanto o Brent, de Londres, ganhou 1,16%, para US$ 52,12.

O petróleo ajudou a puxar as bolsas na Europa. O Índice Stoxx 50 subiu 1,27%, o Financial Times, de Londres, 0,76%, o DAX, de Frankfurt, 1,22% e o CAC, de Paris, 1,32%.

Nos Estados Unidos, os resultados positivos de empresas também ajudaram a puxar as ações para cima, na maior alta em quatro semanas. Os preços ao consumidor (CPI) de setembro subiram 0,3%, a maior alta em cinco meses, mas dentro do esperado pelos analistas. A boa notícia foi que, excluindo itens mais instáveis, como alimentos e combustíveis, o índice subiu 0,1%, abaixo dos 0,2% esperados.

Esses dados mais os resultados como da Netflix, que anunciou um forte crescimento no número de assinantes e subiu 19%, e da Goldman Sachs, que anunciou lucros que superaram as estimativas e subiu 2,2%, favoreceram a alta das bolsas americanas. UnitedHealth Group, empresa de seguro saúde dona da Amil, subiu 6,9% também após divulgar aumento em suas projeções de lucros e bons ganhos no trimestre passado. Com isso, o Índice Dow Jones fechou em alta de 0,42%, o Standard & Poor’s 500, 0,62% e o Nasdaq, 0,85%.

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