Ibovespa sobe para 64.249 pontos, maior nível desde 2012; dólar se recupera

O Índice Bovespa fechou em alta, contrariando os mercados internacionais e voltando ao maior nível desde 2012. O Ibovespa encerrou o dia aos 64.249 pontos, em alta de 0,66%, puxado pelos papéis de bancos, maior peso no indicador. O volume financeiro ficou em R$ 8,046 bilhões, acima da média do ano, de R$ 7 bilhões. No exterior, o receio com a volta da inflação e a consequente subida dos juros nos EUA valorizou o dólar e pressionou as bolsas americanas para baixo.

As maiores altas foram lideradas pelo Banco do Brasil ON (BOV:BBAS3) (papel ordinário, com voto), que subiu 5,12%. Em seguida veio Cosan ON (BOV:CSAN3), com alta de 4,12%, Cemig PN (BOV:CMIG4) (papel preferencial, sem voto), 2,82% e CSN ON (BOV:CSNA3), 2,37%. Ainda entre os bancos, destaque para Itaú Unibanco PN (BOV:ITUB4), que subiu 0,77%, e Bradesco PN (BOV:BBDC4), 1,67%.

Nas maiores baixas, destaque ainda para JBS, que teve seu plano de criação de empresa no exterior abortado pelo sócio BNDES, cujo papel ON (BOV:JBSS3) recuou 4,21%. Natura ON (BOV:NATU3) perdeu 4,09%, Localiza ON (BOV:RENT3), 2,25% e Suzano Papel PNA (BOV:SUZB5), 2,09%.

Vale também fechou em baixa hoje, após divulgar o resultado do terceiro trimestre, que veio com um lucro de R$ 1,842 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 6,663 bilhões do mesmo período do ano passado. As receitas líquidas aumentaram 1,8% e as despesas operacionais caíram 71% por conta da queda do dólar. A ação ON (BOV:VALE3) da empresa fechou em alta, de 1,06%, mas a PNA (BOV:VALE5), a mais negociada no mercado de hoje, caiu 0,38%.

No exterior, o Índice Stoxx 50, que reúne os 50 papéis mais negociados na Europa, subiu 0,14%, enquanto o Financial Times ganhava 0,41% e o DAX, de Frankfurt, 0,07%. O CAC, de Paris, recuou 0,02%.

Já o petróleo subi com a divulgação e queda nos estoques americanos. O barril do tipo WTI, de Nova York, subiu 1,1%, para US$ 49,72, enquanto o Brent, de Londres, ganhou 1%, subindo para US$ 50,47.

Nos Estados Unidos, que aguarda amanhã a divulgação do PIB do terceiro trimestre (a expectativa é de alta de 2,5% anualizados), o Dow Jones Industrial caiu 0,16%, o Standard & Poor’s 500, 0,30% e o Nasdaq, 0,65%. O dia foi marcado pela forte alta dos juros de 10 anos do Tesouro dos EUA, para 1,853% ao ano, o mais alto em quatro meses. A alta derrubou os preços das empresas do setor imobiliário americano, que sofrem pelo aumento do custo dos financiamentos, e valorizou o dólar diante de outras moedas.

No Brasil, os juros curtos caíram e os longos subiram. As taxas para 2017 recuaram de 13,724% ao ano para 13,725%, Para 2018, a queda foi também modesta, 12,28% para 12,24%. Já para 2021, a taxa subiu para 11,34%, ante 11,27% ontem.

Já o dólar comercial acompanhou a alta no exterior e fechou com ganho de 0,44%, a R$ 3,157 para venda, mesmo com a repatriação de ativos no exterior. Como o prazo de liquidação dos contratos é de dois dias, a tendência é que a maior parte das entradas ocorra até amanhã. O dólar turismo ficou estável, em R$ 3,28.

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