De acordo com o MPF, os agentes viajaram pelo menos duas vezes a São Luís e a Curitiba para fazer varreduras nos endereços dos parlamentares, sob ordens do diretor da Polícia Legislativa, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho.
A operação da PF contra o grupo teve início após uma delação premiada de um policial legislativo, segundo o qual foram realizadas ao menos quatro buscas por escutas.
Apesar das varreduras não configurarem crime em si, os procuradores afirmam ser ilegal a utilização de recursos públicos para a realização de ações de contrainteligência em endereços de pessoas investigadas pelo Supremo Tribunal Federal no âmbito da Lava Jato.
“A deliberada utilização de um equipamento sofisticado, de propriedade do Senado Federal, passagens aéreas custeadas pelo Erário e servidores concursados, em escritórios e residências particulares, não possui outro objetivo senão embaraçar a investigação de infração penal que envolve organização criminosa”, diz o pedido do MPF para a prisão dos agentes legislativos.
Operação Métis
Ao todo, são cumpridos nove mandados judiciais por decisão da 10ª Vara da Justiça Federal, quatro de prisão temporária e cinco de busca e apreensão. Agentes da PF foram ao Senado na manhã desta sexta-feira para coletar provas.
O nome dos políticos envolvidos não foi divulgado. Ao menos 12 senadores já foram citados nas investigações da Lava Jato e são investigados pelo STF.