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Comércio Varejista no Brasil: Todas as atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram forte retração anual em Setembro de 2016

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na série sem ajuste sazonal (confronto do mês atual com igual mês do ano anterior), o volume total das vendas no varejo registrou queda de 5,9% em setembro de 2016, 18ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Assim, os índices para o volume do comércio varejista também foram negativos para o acumulado dos nove primeiros meses do ano (-6,5%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Neste tipo de comparação, todas as oito atividades do varejo registraram variações negativas.

Por ordem de contribuição, os dois principais destaques foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%) e móveis e eletrodomésticos (-13,4%), seguidos por combustíveis e lubrificantes e outros artigos de uso pessoal e doméstico, ambos com recuo de 9,0%; tecidos, vestuário e calçados (-10,3%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-3,7%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-11,9%); e, por fim, livros, jornais, revistas e papelaria (-18,0%).

O comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção,  registrou queda de 8,6% em relação a setembro de 2015 para o volume de vendas e de -0,3% para a receita nominal. Esse desempenho reflete o comportamento de veículos, motos, partes e peças, com recuo de 14,4% para o volume de vendas sobre setembro de 2015. Quanto ao segmento de material de construção, a variação para o volume de vendas foi de -10,8% em relação a setembro de 2015. O menor ritmo da atividade econômica vem influenciando o desempenho destes setores, além da renda das famílias em queda.

 

Variação anual no volume de vendas do comércio varejista por atividade

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo de 2,6% frente a setembro de 2015, exerceu o maior impacto negativo na formação da taxa. O desempenho desta atividade vem sendo pressionado pela contínua queda na massa de rendimento real habitualmente recebida, além da elevação dos preços dos alimentos em domicílio acima do índice geral. As taxas acumuladas, no volume de vendas, foram de -2,9% para os nove primeiros meses do ano e -3,0% para os últimos 12 meses.

O segmento de móveis e eletrodomésticos, com queda de 13,4% no volume de vendas em relação a setembro do ano passado, foi também responsável pelo principal impacto na formação da taxa do comércio varejista. Em termos acumulados, os recuos foram de -13,6% para os nove primeiros meses do ano e de -14,6% nos últimos 12 meses. O comportamento negativo deste setor vem sendo decorrente de fatores, tais como, restrições ao crédito, principalmente em função do aumento da taxa de juros no crédito às pessoas físicas, além do impacto negativo da redução da renda real das famílias.

Combustíveis e lubrificantes, com – 9,0% no volume de vendas frente a setembro de 2015, exerceu a segunda maior contribuição negativa no resultado. Em termos acumulados, as taxas da atividade foram de -9,7% para os nove primeiros meses do ano e de -10,1% acumulado em 12 meses. A elevação dos preços de combustíveis acima da variação média de preços é um dos fatores que vêm refletindo no desempenho negativo deste setor.

A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, etc., com recuo de 9,0% no volume de vendas em relação a setembro de 2015, também exerceu o segundo maior impacto negativo na taxa. No que se refere aos indicadores acumulados, as variações ficaram em -11,7% no ano e de -10,4% nos últimos 12 meses.

O setor de tecidos, vestuário e calçados, com variação de -10,3% em relação a setembro do ano passado, foi a terceira maior contribuição na composição da taxa geral do varejo. Os resultados para os indicadores acumulados foram: -11,3% no ano e -11,4% nos últimos 12 meses. Mesmo com os preços de vestuário situando-se abaixo da média geral de preços, o desempenho da atividade continua abaixo da média do varejo.

A atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com taxa de -3,7%, foi o quarta maior contribuição negativa. Nos acumulados em 2016 e nos últimos 12 meses, as variações foram de -1,1% e -0,4%, respectivamente.

O segmento de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação recuou 11,9% sobre igual mês de 2015, quinta maior contribuição no resultado. As taxas acumuladas ficaram em -14,7% no ano e 15,0% em 12 meses. O desempenho do setor está refletindo valorização do dólar, pois alguns componentes eletrônicos são importados.

A atividade de livros, jornais, revistas e papelaria caiu 18,0% no volume de vendas sobre setembro de 2015, com taxas acumuladas de -16,9% nos nove meses do ano e de 16,2% nos últimos 12 meses. A trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada pela perda gradual de espaço do formato impresso frente ao formato eletrônico.

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