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Copom deixa aberta porta para corte maior dos juros, mas vai esperar o Trump

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O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a cautela neste mês, ao cortar os juros em 0,25 ponto, mesmo ritmo da reunião passada, reduzindo a taxa básica Selic para 13,75%. Mas, em seu comunicado, abriu espaço para uma intensificação no ritmo da flexibilização monetária, isto é, um corte maior dos juros, condicionado à continuidade da queda da inflação, que deve ocorrer pela economia mais fraca que o esperado pelo próprio Banco Central. A condição para isso, porém, é bem clara: o ambiente externo, ou seja, Donald Trump.

Esse foi, aliás, o grande diferencial do comunicado deste mês em relação ao da reunião passada, afirma o Banco Fator em relatório aos clientes, os impactos da eleição americana nos mercados, especialmente nos juros e no câmbio. O receio é que Trump promova uma política expansionista que levará a um aumento da inflação americana e obrigará o Federal Reserve a subir mais os juros, impactando os mercados emergentes e valorizando o dólar e as commodities. Seria o fim do que o Copom chamada de “interregno benigno”. Outra mudança importante foi a contração maior da economia, conforme mostrou o PIB do terceiro trimestre divulgado hoje pelo IBGE, com queda de 0,8% sobre o trimestre anterior. O Fator espera crescimento zero para o ano que vem.

Para o Fator, o comunicado trouxe um tom mais moderado (“dovish), o que não impede a continuidade do ciclo de corte dos juros no ritmo de 0,25 ponto, mas “desloca as chances para um corte de 0,5 ponto no Copom de janeiro”, que acontecerá entre os dias 10 e 11.

Também a Rosenberg Associados entendeu que o Copom indica que o corte dos juros pode se intensificar em 2017. Segundo a consultoria, o comportamento benigno da inflação corrente e das expectativas nas últimas semanas, e a elevação da preocupação com a retomada da atividade reforçam a intensificação dos cortes para 0,5 ponto na reunião de janeiro, “terminando o ciclo com a Selic em 10,75% em 2017” .

Já Tatiana Pinheiro, economista do Santander, considerou o comunicado mais duro (hawkish). Para ela, o BC indicou que não deve acelerar o corte em janeiro, apesar da questão da ociosidade na economia e da demora na recuperação. “O BC manteve a dependência da divulgação dos dados, não sugere uma aceleração imediata dos cortes, até porque até a aproxima decisão de janeiro são poucos dados de atividade econômica que serão divulgados”, afirma. Mas ela acha que o BC vai acelerar para 0,5 ponto os cortes no ano que vem. “Pela atividade que temos hoje, o desemprego de 12%, que dobrou em dois anos e a recessão mais profunda desde 1930, a situação já sugeriria um corte de 0,5 agora, sem contar os juros reais, que estão acima de 7% ao ano”, diz.

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