Em maio, a CPI da Merenda foi criada na Alesp e também investiga a participação de agentes públicos e agentes políticos no esquema.
Três dos nove deputados integrantes da CPI reuniram-se hoje com o procurador-geral de Justiça do estado, Gianpaolo Smanio: Marcos Zerbini (PSDB), Alencar Santana Braga (PT) e o Delegado Olim (PP).
Segundo Alencar Santana, o grupo pediu ao procurador-geral acesso aos depoimentos à Justiça de três investigados que se mantiveram em silêncio na CPI da Merenda: Cássio Chebabi, ex-presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf); Marcel Ferreira Júio, apontado como principal lobista da cooperativa; e Adriano Miller, ex-funcionário da Coaf.
Na CPI, esses investigados alegaram que não poderiam falar porque já haviam falado à Justiça. “Algumas pessoas que fizeram delação à Justiça foram à CPI e se negaram a falar dizendo que tinham delação feita à Justiça. Porém, o procurador nos disse que esse argumento é inválido e que ele entende que as pessoas têm o direito de falar também à CPI. Queremos pedir a reconvocação deles”, disse Alencar.
Segundo os deputados, o procurador-geral se comprometeu a disponibilizar os depoimentos dos investigados para a CPI da Merenda.