O Índice Bovespa encerrou o dia com pequena alta, de 0,32%, para 59.961 pontos, contrariando a tendência das bolsas nos Estados Unidos e Europa. O dólar também caiu, 0,9%, vendido a R$ 3,388 no mercado comercial, sob o impacto dos leilões de swap cambial do Banco Central (BC), que ofereceu hoje mais US$ 1,5 bilhão.

O dólar turismo ficou estável em R$ 3,57 para venda. Nos mercados futuros, os juros recuaram ligeiramente. O volume negociado na bolsa foi de R$ 7,3 bilhões, mesmo valor da média do ano. Na semana, mais curta pelo feriado da Proclamação da República, o Ibovespa acumulou alta de 1,31%, mas ainda tem queda no mês de 7,64%. No ano, o ganho do índice caiu para 38,32%.

O mercado segue sob o impacto das incertezas com a política a ser adotada pelo presidente americano eleito Donald Trump. Os juros dos papéis de 10 anos do Tesouro continuaram a subir e atingiram hoje 2,34% ao ano, o que fez o dólar se valorizar diante do euro e do iene. A moeda americana atingiu o maior nível diante do euro desde dezembro. Já em relação ao iene, o dólar acumulou alta de 7% em duas semanas, a maior desde 1999, segundo a Bloomberg.

Os estrangeiros seguem retirando recursos das bolsas de mercados emergentes. Na bolsa brasileira, até dia 16, a saída líquida de recursos de estrangeiros ficou em R$ 2,864 bilhões, reduzindo o saldo no ano para R$ 14,653 bilhões.

Na Bovespa, destaque para as ações da Vale, que caíram em meio ao recuo dos preços do minério de ferro na China, de 1,03%, levando junto as siderúrgicas. A ação preferencial (PN, sem voto) série A da mineradora (BOV:VALE5) foi a mais negociada no pregão e fechou em baixa de 1,42%. A ação ordinária (BOV:VALE3) (ON, com voto) caiu 0,69%. Já Petrobras PN (BOV:PETR4), segundo papel mais negociado no dia, subiu 1,61% e o papel ON (BOV:PETR3) caiu 0,24%. Entre os papéis de maior peso no índice, Ambev (BOV:ABEV3) caiu 1,70%.

Bancos são destaque de alta

Mas o grande destaque de hoje foram as ações dos bancos. A unit (recibo de ações) do Santander (BOV:SANB11) liderou as altas do Ibovespa, com ganho de 5,48%, enquanto Banco do Brasil ON (BOV:BBAS3) subiu 2,94%, a quinta maior alta do índice. Itaú Unibanco subiu 0,94% (BOV:ITUB4) e Bradesco PN (BOV:BBDC4), 1,74%. Como os bancos têm o maior peso no Ibovespa, o índice resistiu à queda no exterior.

Assim, as maiores altas do Ibovespa ficaram com Santander, Marfrig ON (BOV:MRFG3), 5,30%, Cosan ON (BOV:CSAN3), 4,08%, Gerdau PN (BOV:GGBR4), 3,83% e BB. As maiores quedas foram de Cyrela Realty ON (BOV:CYRE3), 4,47%, Klabin Unit (BOV:KLBN11), 2,83%, Braskem PNA (BOV:BRKM5), 2,39%, Embraer ON (BOV:EMBR3), 2,34% e Lojas Americanas PN (BOV:LAME4), 1,62%.

JBS lidera altas da semana e Fibria tem maior queda

Na semana, as maiores altas do Ibovespa foram de JBS ON (BOV:JBSS3), 11,54%, Santander Unit (BOV:SANB11), 11,50%, Banco do Brasil ON (BOV:BBAS3), 10,56%, Gerdau PN (BOV:GGBR4), 10,01% e BR Foods ON (BOV:BRFS3), 8,43%. Já as maiores quedas foram de Fíbria ON (BOV:FIBR3), 7,09%, Vale PNA (BOV:VALE5), 5,97%, Braskem PNA (BOV:BRKM5), 5,47%, Vale ON (BOV:VALE3), 5,43% e Suzano Papel PNA (BOV:SUZB5), 5,30%.

No mercado de juros, as taxas dos contratos futuros de DI para 2018 caíram para 12,38%, ante 12,44% ontem. Para 2021, a projeção ficou estável, em 12,18%. Para este ano, a projeção para janeiro de 2017 encerrou em 13,705%, para 13,716% ontem. O Tesouro prossegue com seus leilões de recompra, para reduzir a pressão sobre os juros dos papéis prefixados.

Europa e EUA em queda

No exterior, o índice regional da Europa, o Stoxx 50, caiu 0,69%, enquanto o Financial Times, de Londres, perdia 0,28%. O DAX, de Frankfurt, caiu 0,20% e o CAC, de Paris, perdeu 0,52%.

Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones caiu 0,19%, o Standard & Poor’s 0,22% e o Nasdaq, 0,23%.

Já o petróleo subiu após o representante da Argélia na Opep afirmar que uma reunião com a Rússia deu confiança em um acordo para limitar a produção. O petróleo negociado em Nova York, o WTI, fechou em alta de o,26%, a US$ 45,54 o barril, enquanto o WTI, de Londres, subiu 0,62%, para US$ 46,78.

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