ADVFN Logo

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for charts Cadastre-se para gráficos em tempo real, ferramentas de análise e preços.

Instabilidade no Planalto coloca em risco reforma fiscal

LinkedIn

Na sexta-feira, o então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, renunciou ao cargo, praticamente uma semana depois de ser acusado de tentar forçar seu ex-colega de governo Marcelo Calero a liberar a construção de um prédio em Salvador, onde havia adquirido um apartamento. A obra havia sido embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A acusação estremeceu o Planalto em primeiro lugar porque veio do próprio núcleo governista – Calero era ministro de Cultura até pouco antes de fazer a denúncia. Também pesou sobre o caso o fato de Calero ter dito em depoimento à Polícia Federal que Geddel fez pressão direta e indireta para a liberação do prédio, sendo apoiado inclusive pelo presidente da República, Michel Temer.

A renúncia de Geddel teve como objetivo tentar estancar a crise política e retirar o chefe do Poder Executivo dos holofotes, mas foi um duro golpe para a articulação de Temer no Congresso, visto que o antigo secretário de governo era um dos principais responsáveis por negociar com deputados e senadores a aprovação de projetos de lei de interesse da Presidência.

O fogo amigo contra Temer, porém, aparentemente ficou apenas no Planalto. Tanto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quanto seu par na Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vieram a público afirmar que as denúncias de Calero eram insuficientes para atingir o presidente da República. Atitude semelhante teve Aécio Neves, senador e presidente nacional do PSDB, um dos partidos da base aliada a Temer.

Os comentários, porém, foram feitos antes de a Procuradoria-Geral da República decidir se abre inquérito sobre o caso e sem a divulgação de supostas gravações feitas por Calero dos momentos em que Temer e Geddel tentaram pressioná-lo pela liberação da obra – circunstâncias que podem mudar nas próximas semanas.

Inicialmente, o caso não deve impedir que o Congresso aprove o ajuste fiscal buscado pela equipe econômica de Temer, mas um aprofundamento da crise pode dividir a base aliada ao governo e dificultar a tramitação das medidas – em particular a reforma da Previdência, que ainda não foi colocada no papel.

Deixe um comentário