A maioria dos consumidores vai apertar o cinto e o Papai Noel vai ser mais magro esse ano, mostra pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) com 1.066 pessoas, feita em outubro. Perguntados sobre o quando vão gastar nos presentes, 51% disseram que pretendem usar até R$ 200 para fazer as vezes de Papai Noel este ano. No ano passado, esse percentual era de 48% e, em 2014, 44%. Já os mais generosos, que pretendem gastar mais de R$ 200, caíram de 52% para 49% este ano. As maiores quedas ocorrem nos valores mais altos, acima de R$ 500.

Na faixa até R$ 200, o maior crescimento foi nos que pretendem gastar até R$ 100 este ano, que são  18%. No ano passado, 16% disseram que amigos e parentes iam ter de se contentar com as lembrancinhas, percentual que era de 14% em 2014.

Outros 33% vão gastar entre R$ 100 e R$ 200, um pouco mais que os 32% no ano passado e os 30% em 2014.

Os que pretendem gastar entre R$ 200 e R$ 500 são 43% do total, mais que os 42% do ano passado e mesmo percentual de 2014.

Percentual dos que vão gastar mais cai pela metade

Os que vão gastar de R$ 500 a R$ 1 mil caíram pela metade, de 6% no ano passado para 3% este ano. Em 2014, eram 8%.

Os que estimam gastos de R$ 1 mil e R$ 2 mil com presentes também caíram 50%, de 2% para 1% este ano. Em 2014, eram 3%.

Já os que pretendem gastar de R$ 2 mil a R$ 5 mil e os que estimam os presentes em mais de R$ 5 mil se mantiveram com 1% cada, como nos anos anteriores.

 

Itens

 

2016

 

2015

 

2014

 

Variação

Pretendem gastar até R$ 100,00 18% 16% 14% 12,56%
Pretendem gastar entre R$ 100,00 e R$ 200,00 33% 32% 30% 3,13%
Pretendem gastar entre R$ 200,00 e R$ 500,00 43% 42% 43% 2,38%
Pretendem gastar entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00 3% 6% 8% -50,00%
Pretendem gastar entre R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00 1% 2% 3% -50,00%
Pretendem gastar entre R$ 2.000,00 e R$ 5.000,00 1% 1% 1% 0%
Pretendem gastar mais de R$ 5.000, 1% 1% 1% 0%

A Anefac destaca que, este ano, 94% dos consumidores ouvidos pretendem gastar no Natal até R$ 500, percentual que era de 90% no ano passado. Seria reflexo da piora da economia e das condições de emprego, inflação, juros e endividamento das famílias.

Mais pagamento à vista, menos cartão e dívidas

Já as formas de pagamento das compras mostram que as pessoas querem fugir dos juros e das dívidas. A maioria, 86%, afirma que vai pagar com recursos próprios e à vista, com cartão de débito ou cheque. O percentual subiu em relação aos 82% de 2015 e os 80% de 2014. Os demais tipos de financiamento caíram acentuadamente, com os cheques pré-datados passando de 60% no ano passado para 51% este ano, e o cartão de crédito, de 80% para 66%. Os carnês do comércio também caíram, de 36% para 30% das intenções de compra.

A maior queda, de 40%, porém, ocorre nos financiamentos bancários, de 15% para 9% este ano,  mostrando que os bancos são a última opção para a maioria dos consumidores.

 

Itens

 

2016

 

2015

 

2014

 

Variação

Com recursos próprios à vista (cheque ou cartão de débito) 86% 82% 80% 4,88%
Com cheques pré-datados 51% 60% 61% -15,00%
Com cartão de crédito 66% 80% 82% -17,50%
Com carnês (financiamento através de comércio) 30% 36% 38% -16,67%
Com financiamentos bancários 9% 15% 18% -40,00%

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