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PIB brasileiro recua 2,9% no terceiro trimestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano passado

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil retraiu 2,9% no terceiro trimestre de 2016, em comparação com igual período do ano anterior (período entre julho e setembro de 2015). Esse foi o décimo resultado negativo consecutivo do PIB brasileiro nesta base de comparação. O item Valor Adicionado a Preços Básicos caiu 2,5%, enquanto que Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios recuaram em 4,8% entre os dois períodos.

Dentre as atividades que contribuem para a geração do Valor Adicionado, a agropecuária registrou queda de 6,0% em relação a igual período do ano anterior. Algumas culturas mostraram retração na estimativa de produção anual e perda de produtividade, como milho (-25,5%), algodão (-16,9%), laranja (-4,7%) e cana de açúcar (-2,0%). Café (11,0%) e mandioca (3,8%), cujas safras também são significativas nesse trimestre, apontaram crescimento na produção.

A indústria sofreu queda de 2,9%. Nesse contexto, a indústria de transformação recuou 3,5%, resultado influenciado pelo decréscimo na produção de máquinas e equipamentos; da indústria automotiva e outros equipamentos de transporte; produtos de metal; artigos do vestuário; produtos farmacêuticos; móveis e equipamentos de informática.

A construção também apresentou redução no volume do valor adicionado (-4,9%). Já a extrativa mineral caiu 1,3% em relação ao terceiro trimestre de 2015, puxada principalmente pela queda da extração de minérios ferrosos. A atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana registrou expansão de 4,3%, influenciada pelo efeito-base proveniente do desligamento de termelétricas no 3º trimestre de 2015 e no 1º e 2º trimestres de 2016.

Os serviços caíram 2,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para a queda de 7,4% em transporte, armazenagem e correio e de 4,4% no comércio (atacadista e varejista). Também apresentaram resultado negativo as atividades de intermediação financeira e seguros (-3,3%), outros serviços (-2,5%) e serviços de informação (-1,5%). Administração, saúde e educação pública (0,1%) e as atividades imobiliárias (0,1%) mantiveram-se praticamente estáveis no período.

Clique aqui para saber mais detalhes sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre de 2016.

Pelo sexto trimestre seguido, todos os componentes da demanda apresentaram resultado negativo na comparação com igual período do ano anterior. A despesa de consumo das famílias caiu 3,4%. Este resultado pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período.

A formação bruta de capital fixo sofreu contração de 8,4% no terceiro trimestre de 2016, a 10ª consecutiva. Este recuo é justificado pela queda das importações e da produção interna de bens de capital, sendo influenciado ainda pelo desempenho negativo da construção. A despesa de consumo do governo caiu 0,8% frente ao terceiro trimestre de 2015.

No setor externo, as exportações variaram 0,2% (após terem crescido 4,0% no trimestre anterior), enquanto que as importações caíram em 6,8% no terceiro trimestre de 2016, ambas influenciadas pela valorização de 8,5% na taxa de câmbio e pelo desempenho da atividade econômica registrados no período.

Dentre as exportações, as maiores quedas ocorreram na agropecuária, siderurgia e extrativa mineral. Nas importações, as maiores quedas ocorreram em máquinas e equipamentos, siderurgia, indústria automotiva, borracha, plástico, eletroeletrônicos, confecções e calçados.

 

Série Histórica de Variação Anual Percentual do PIB Brasileiro

Confira abaixo a tabela com todos os valores percentuais de variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro comparando um trimestre com o mesmo período no ano anterior.

Período Agropecuária Indústria Serviços Famílias Governo Investimento           PIB
1996.I 2,6 -6,0 2,7 -1,2 -3,3 -12,7 -0,6
1996.II 2,2 -3,0 3,7 1,8 -0,2 -4,1 1,3
1996.III -0,6 11,3 3,2 5,4 2,8 10,1 5,6
1996.IV 8,9 1,5 -0,3 6,7 -6,8 13,9 2,3
1997.I 7,0 3,3 1,9 7,9 1,2 11,3 3,4
1997.II 4,4 8,0 2,2 6,0 -0,8 10,7 4,8
1997.III 1,5 0,2 1,3 2,1 -5,7 8,5 1,8
1997.IV -11,0 6,4 4,7 -2,8 11,5 3,6 3,7
1998.I -1,4 0,1 1,4 -0,5 1,2 3,5 1,0
1998.II 13,1 -0,3 1,9 -1,1 2,3 2,1 1,5
1998.III 5,2 -2,7 1,8 0,0 5,4 -1,2 0,4
1998.IV -5,3 -5,2 0,7 -1,3 4,0 -4,9 -1,4
1999.I 12,6 -4,2 2,8 -0,9 0,7 -8,4 0,8
1999.II 1,6 -4,4 1,7 -0,6 1,0 -10,4 -0,4
1999.III 3,5 -3,5 0,9 -0,1 1,1 -11,3 -0,6
1999.IV 10,3 1,8 2,0 3,1 3,9 -5,0 2,2
2000.I 6,2 4,6 3,1 3,0 3,6 -0,3 4,4
2000.II 3,4 3,9 3,3 4,2 1,3 3,9 4,0
2000.III 1,5 4,4 4,3 4,7 -2,3 6,8 4,6
2000.IV -1,6 4,7 4,5 4,1 -2,8 8,8 4,6
2001.I 2,9 4,1 2,4 4,0 1,1 10,2 3,5
2001.II 3,0 0,4 3,2 3,1 2,2 2,0 2,3
2001.III 6,0 -2,6 1,7 -1,8 3,5 1,2 0,5
2001.IV 11,1 -3,9 1,0 -1,9 3,6 -7,4 -0,5
2002.I 4,7 -2,3 2,9 0,2 4,3 -7,9 0,5
2002.II 7,3 2,3 2,5 0,7 4,1 -4,3 2,3
2002.III 11,7 5,7 3,4 2,7 4,2 -0,5 4,2
2002.IV 8,8 9,2 3,6 1,6 2,8 7,6 5,2
2003.I 15,4 0,1 1,8 0,0 -0,8 3,1 2,7
2003.II 13,4 -2,0 0,9 -2,0 0,3 -6,8 0,8
2003.III 1,5 1,9 0,5 -0,7 2,0 -6,9 0,6
2003.IV 0,8 0,3 0,8 0,6 4,7 -4,9 0,6
2004.I 0,0 7,4 3,3 0,9 3,6 0,9 3,9
2004.II 2,0 8,9 5,6 3,1 6,5 11,9 6,3
2004.III 4,6 8,8 5,2 4,9 4,3 14,2 6,6
2004.IV 1,5 7,7 5,8 6,6 1,3 7,2 6,2
2005.I 3,2 4,2 4,5 5,3 3,7 1,4 4,2
2005.II 2,4 5,2 4,2 4,8 0,6 3,0 4,5
2005.III -2,0 -1,1 3,5 4,4 1,7 0,9 2,1
2005.IV 0,4 0,2 2,5 3,3 2,1 2,6 2,2
2006.I 0,5 3,3 4,6 4,9 3,0 8,8 4,3
2006.II -0,3 -1,9 3,9 5,8 2,4 3,6 2,3
2006.III 11,1 2,5 4,4 5,3 2,6 5,8 4,5
2006.IV 10,3 4,1 4,5 5,1 6,2 8,7 4,8
2007.I 3,9 4,1 5,7 6,4 4,3 7,2 5,2
2007.II 0,6 8,7 6,0 6,2 6,6 12,4 6,5
2007.III 4,7 7,0 5,4 5,8 4,9 14,2 5,9
2007.IV 4,2 5,0 6,3 7,1 0,7 13,7 6,6
2008.I 4,8 7,1 5,3 7,2 3,0 12,0 6,2
2008.II 11,1 5,2 5,8 7,0 0,5 13,6 6,3
2008.III 5,0 6,8 6,2 8,4 3,9 18,0 7,0
2008.IV 0,8 -2,3 2,1 3,5 0,9 5,5 1,0
2009.I -1,4 -10,8 1,0 2,3 3,2 -9,5 -2,4
2009.II -5,5 -8,0 0,7 4,0 2,2 -8,3 -2,2
2009.III -7,5 -5,8 1,4 4,5 0,3 -3,9 -1,2
2009.IV 1,1 5,7 5,1 7,0 6,1 12,9 5,3
2010.I 6,9 15,3 6,2 7,5 3,0 29,0 9,2
2010.II 10,1 13,0 6,0 5,4 5,1 22,9 8,5
2010.III 5,5 8,3 5,7 5,3 4,8 15,3 6,9
2010.IV 3,1 5,4 5,3 6,8 2,8 7,8 5,7
2011.I 5,4 5,7 4,7 6,4 2,6 8,2 5,2
2011.II 0,7 5,1 4,3 6,6 3,3 8,1 4,7
2011.III 7,7 4,0 2,8 4,0 1,8 5,8 3,5
2011.IV 10,9 1,9 2,1 2,5 1,2 5,5 2,6
2012.I -11,2 2,4 2,2 3,0 2,1 3,1 1,7
2012.II -0,2 -3,2 2,4 2,2 2,1 1,1 1,0
2012.III 4,7 -0,5 3,3 3,9 1,9 -1,5 2,5
2012.IV -5,9 -1,4 3,7 4,8 3,0 0,6 2,5
2013.I 21,5 -1,5 2,8 3,8 -0,1 2,9 2,7
2013.II 10,2 4,4 3,1 4,1 1,2 8,5 4,0
2013.III -2,7 2,9 2,7 3,5 2,5 7,3 2,8
2013.IV 4,2 2,7 2,4 2,6 2,4 4,5 2,6
2014.I 6,9 4,0 2,8 3,7 1,9 4,3 3,5
2014.II 0,2 -3,4 0,6 1,7 1,2 -6,3 -0,4
2014.III 1,1 -3,6 0,4 1,1 1,0 -7,5 -0,6
2014.IV 2,8 -2,6 0,2 2,6 -0,8 -6,7 -0,3
2015.I 7,1 -4,7 -1,1 -1,2 0,0 -9,8 -1,8
2015.II 4,7 -5,5 -2,1 -2,9 -1,2 -12,5 -3,0
2015.III 0,2 -6,4 -3,4 -4,7 -1,4 -14,8 -4,5
2015.IV 0,8 -8,6 -4,1 -6,7 -1,7 -18,7 -5,8
2016.I -8,3 -7,0 -3,5 -5,8 -0,8 -17,3 -5,4
2016.II -6,1 -2,9 -2,7 -4,8 -0,5 -8,6 -3,6
2016.III -6,0 -2,9 -2,2 -3,4 -0,8 -8,4 -2,9

 

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