O Índice Bovespa (BOV:IBOV) parece ter entrado finalmente no clima de animação do fim do ano, quando grandes gestores de fundos de pensão e de investimento aproveitam o baixo volume do mercado para puxar as cotações e melhorar os resultados. O índice encerrou o dia em alta de 1,85%, aos 59.781 pontos, novamente se aproximando dos 60 mil pontos. O volume, porém, continuou mixo, R$ 4,250 bilhões, para uma média no ano de R$ 7,4 bilhões por dia.

Santander sobe mais de 5%

A alta se espalhou pelos principais papéis do índice, em especial os bancos, que têm o maior peso no indicador e são também os preferidos dos estrangeiros. A unit (recibo de ações) do Santander (BOV:SANB11) foi a segunda maior alta do Ibovespa, com 5,27%, seguido por BB Seguridade ON (BOV:BBSE3) (papel ordinário, com voto), com 4,01% e Bradesco PN (BOV:BBDC4) (papel preferencial, sem voto), com 3,59%. Cosan ON (BOV:CSAN3), com 5,74%, liderou as altas do índice e Braskem PNA (BOV:BRKM5) fecha a lista das cinco maiores altas, com 3,18%.

Vale e Petrobras em alta

Ainda entre os bancos, Itaú Unibanco PN (BOV:ITUB4), maior peso no Ibovespa, subiu 2,35% e Banco do Brasil ON (BOV:BBAS3), 1,23%. Vale PNA (BOV:VALE5) ganhou 3,03% o papel ON (BOV:VALE3), 3,17%, enquanto Petrobras PN (BOV:PETR4) subiu 2,57% e a ação ON (BOV:PETR3), 1,74%. Vale acompanhou a alta do minério de ferro na China, que voltou a superar os US$ 80 a tonelada, e Petrobras a do petróleo. O barril perdeu força, porém, no fim do dia, encerrando os negócios com alta de 0,04% em Nova York, a US$ 53,92 o barril do tipo WTI. Já o Brent, de Londres, fechou em alta de 0,20%, a US$ 56,20 o barril.

Estrangeiros tiram R$ 1,1 bi da Bovespa

A decisão do presidente Michel Temer de vetar o projeto que rolava as dívidas dos Estados com o governo federal sem contrapartidas em ajustes fiscais também agradou os estrangeiros, que foram destaque nas compras em um mercado modesto. Os estrangeiros tiraram R$ 1,111 bilhão da Bovespa neste mês até dia 26, mas o saldo no ano ainda é positivo, em R$ 13,561 bilhões. É possível que eles aproveitem as quedas recentes das ações para recompor suas carteiras.

Localiza lidera perdas do índice

As maiores quedas do índice foram de Localiza ON (BOV:RENT3), com 2,23%, seguida de Gerdau PN (BOV:GGBR4), 1,91%, BR Malls Participações ON (BOV:BRML3), 0,84%, Gerdau Metalúrgica PN (BOV:GOAU4), 0,83% e Usiminas PNA (BOV:USIM5), 0,73%.

Bolsas da Europa perto da estabilidade

No exterior, o dia também não foi de grandes animações, com as bolsas na Europa também fechando praticamente estáveis. O Índice Stoxx 50 subiu 0,01%, o DAX, de Frankfurt, 0,54% enquanto o Financial Times, que ficou fechado até ontem pelo feriado de Natal, subia 0,54%. Em Paris, o CAC fechou em queda de 0,01%. Continua a preocupação com o socorro ao banco italiano Monte dei Paschi e seus efeitos sobre as demais instituições do país e da região.

Bolsas em baixa nos EUA com queda nas vendas de imóveis usados

Nos Estados Unidos, o Dow Jones se distanciou um pouco mais do recorde de 20 mil pontos ao cair hoje 0,54%, para 19.838 pontos. O Standard & Poor’s 500 recuou 0,87%, mesmo percentual do Nasdaq. As vendas de imóveis usados caíram em novembro, 2,5%, surpreendendo o mercado, que esperava alta de 0,5%, depois de uma alta de 0,1% em outubro. A queda foi atribuída à alta dos juros após a vitória de Donald Trump, que encareceu as hipotecas e o financiamento imobiliário, segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos Estados Unidos. Ainda assim, houve alta de 1,4% sobre o mesmo mês de 2015.

Dólar segue estável e juros futuros longos sobem

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou praticamente estável, vendido a R$ 3,281, 0,09% acima do fechamento de ontem. Já o turismo, dos cartões e viagens, ficou estável em R$ 3,42 para venda.

No mercado futuro de juros, as taxas mais curtas projetadas caíram e as mais longas subiram. O contrato para janeiro de 2018, que projeta os juros do ano que vem, fechou indicando 11,55% ao ano, ligeiramente abaixo dos 11,54% de ontem. Para 2019, a projeção subiu para 11,07%, ante 11,06% ontem. Para 2021, a taxa projetada subiu para 11,38%, ante 11,37% ontem.

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