Ibovespa segue estável com baixo volume; Petrobras anuncia venda de participações

O Índice Bovespa (BOV:IBOV) caminha para encerrar o ano com mais um pregão de volume muito baixo, com menos de R$ 1 bilhão negociados até o meio-dia. O Índice apresentava estabilidade, com uma ligeira queda de 0,09%, para 59.727 pontos. O volume negociado às 12h35 era de R$ 958 milhões, para uma média no ano de R$ 7,4 bilhões.

Ásia fecha em baixa com iene forte

O mercado brasileiro acompanha o desânimo das bolsas internacionais, que também seguem em ritmo lento depois de um ano tumultuado e de fortes emoções. Na Ásia, a valorização forte do iene diante do dólar. que tende a reduzir as exportações japonesas, derrubou as bolsas do Japão, com o Nikkei recuando 1,32% e praticamente zerando o ganho do ano. Em Xangai, o índice da bolsa local caiu 0,12% e, em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,17%.

Europa em queda e menos seguro desemprego nos EUA

Na Europa, as bolsas estão em queda e, nos Estados Unidos, têm uma pequena alta após a divulgação de dados de pedidos de seguro desemprego em queda, com 10 mil a menos, para 265 mil, na semana passada. A queda indica mercado de trabalho forte e economia aquecida, o que é bom para a bolsa, mas pode também levar a um aumento maior dos juros.

Petrobras vende refinaria no Japão, fatia na Guarani e Petroquímica de Suape

No Brasil, destaque para as ações da Petrobras, que ontem anunciou a conclusão das vendas de suas participações em açúcar e álcool na Guarani, onde tinha 45,97% do capital, para a Tereos, por US$ 202 milhões. Vendeu também a Companhia Petroquímida de Pernambuco, conhecida como Petroquímica de Suape, e a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) para o Grupo Petrotemex e para a Dak Americas, subsidiárias do grupo mexicano Alpek, por US$ 385 milhões.

A Petrobras vendeu ainda 100% das ações na refinaria que tinha no Japão, na Ilha de Okinawa. A Nansei Sekiyu foi vendida para a japonesa Taiyo Oil Company por US$ 165 milhões. A refinaria é uma das polêmicas aquisições da Petrobras, que foram depois consideradas investimentos ruins e sobrefaturados.

Com isso, o programa de desinvestimentos da companhia atingiu US$ 13,6 bilhões entre 2015 e 2016, ainda abaixo da meta de US$ 15,1 bilhões. A diferença deverá ficar para o biênio 2017-2018, que prevê vendas de ativos de US$ 21 bilhões.

As vendas não chegaram, porém, a animar os investidores, e o papel preferencial (PN, sem voto) da estatal (BOV:PETR4) cai 0,68%. O ordinário (BOV:PETR3) (ON, com voto) perde 0,77%, acompanhando a fraqueza dos preços do petróleo no exterior. O barril do tipo WTI, negociado em Nova York, cai 0,15%, para US$ 53,98%, enquanto o Brent, de Londres, avança 0,37%, para US$ 56,43.

Vale e bancos caem; Itaú compra parte do BMG

Vale PNA (BOV:VALE5), papel mais negociado do dia, cai 0,13% e o papel ON (BOV:VALE3), 0,56%. Os bancos também estão em baixa, com Itaú Unibanco PN (BOV:ITUB4), papel de maior peso no Ibovespa, perdendo 0,18%. Ontem, o Itaú anunciou a conclusão da participação do BMG na joint venture criada para atuar no mercado de crédito consignado, por R$ 1,46 bilhão.

Cielo distribui juros sobre capital

Cielo ON (BOV:CIEL3) é o segundo papel mais negociado, no embalo das medidas do governo para reduzir os juros do cartão e permitir preços diferentes nas compras à vista. A empresa anunciou que vai distribuir juros sobre o capital de R$ 0,0932086812 por ação, já líquido de imposto, para quem tiver a ação até 3 de janeiro. A operadora de cartões sobe 1,12%.

CCR lidera altas

As maiores altas do Ibovespa hoje são de CCR ON (BOV:CCRO3), com 4,28%, seguida de Cemig PN (BOV:CMIG4), com 1,46%, Cielo ON (BOV:CIEL3), 1,12%, Bradesco PN (BOV:BRAP4), 0,98% e Pão de Açúcar ON (BOV:PCAR4), 0,78%. As maiores quedas são de Braskem PNA (BOV:BRKM5), 0,52%, Bradespar PN (BOV:BRAP4), 1,91%, Kroton ON (BOV:KROT3), 1,36%, Estácio Participações ON (BOV:ESTC3), 1,23% e CSN ON (BOV:CSNA3), 1,57%.

Europa em baixa

No exterior, o Índice Stoxx 50, que reúne os 50 papéis mais negociados na Europa, perde 0,20%, enquanto o Financial Times recua 0,08%, o DAX, de Frankfurt, 0,19% e o CAC, de Paris, 0,16%.

Nos Estados Unido, o Dow Jones sobe 0,12%, o Standard & Poor’s 500, 0,10% e o Nasdaq, 0,04%.

Dólar cai e juros ficam estáveis

O dólar comercial está em queda, de 0,64%, vendido a R$ 3,26. Já o dólar turismo cai 0,58%, para R$ 3,40. No mercado de juros futuros, a taxa do contrato de DI para janeiro de 2018 está em 11,54%, estável em relação a ontem. Para 2019, a taxa subiu de 11,06% para 11,08%. Para 2021, o juro está estável em 11,37% ao ano. Os mercados pouco reagiram ao IGP-M de dezembro, que acelerou para 0,54%, com maior pressão do atacado.

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