Ibovespa tem pequena alta e dólar cai após aprovação da PEC dos gastos; juros sobem

O Índice Bovespa fechou com uma pequena alta, de 0,17%, aos 59.280 pontos, acompanhando a melhora das bolsas no exterior e a aprovação da PEC do Teto dos Gastos no Senado em segundo turno. O volume financeiro, de R$ 7,681 bilhões, ficou bem perto da média do ano, de R$ 7,3 bilhões, e o destaque do dia foi a queda das ações da Vale, que acompanharam o pequeno recuo, de 0,19%, do minério de ferro na China, o que fez os investidores aproveitarem para embolsar os lucros.  O resultado de hoje mostra que a aprovação da PEC já estava embutida nos preços do mercado, que antecipou a decisão, e agora está mais preocupado com os desdobramentos das acusações de executivos da Odebrecht contra o presidente Michel Temer e sua equipe.

As ações PNA (preferenciais, sem voto, série A) da Vale (BOV:VALE5) caíram 4,12%, a segunda maior queda do dia entre os papéis do Ibovespa, atrás apenas das PN da Bradespar (BOV:BRAP4), holding que investe justamente em ações da Vale, e que perdeu 4,89%. Vale ON (BOV:VALE3) (papel ordinário, com voto), recuou 3,93%, quarta maior queda do Ibovespa. A terceira maior queda do índice é a siderúrgica Gerdau Metalúrgica, cujo papel PN (BOV:GOAU4) caiu 3,96%. A quinta maior queda foi da Gerdau PN (BOV:GGBR4), 3,55%.

Já as maiores altas do índice foram lideradas pelas empresas de educação, pela aprovação do aumento de recursos para o setor junto com a PEC dos gastos. Kroton ON (BOV:KROT3) subiu 5,65% e Estácio Participações ON (BOV:ESTC3), 4,39%. BR Malls Participações ON (BOV:BRML3) subiu 3,69%, BB Seguridade ON (BOV:BBSE3), 3,25% e JBS ON (BOV:JBSS3), 3,05%.

As ações da Petrobras fecharam em queda, de 0,96% a PN (BOV:PETR4) e 0,65% a ON (BOV:PETR3), acompanhando a queda do petróleo no exterior. O tipo WTI, de Nova York, caiu 0,70%, para US$ 52,46, e o Brent, de Londres, 0,81%, para US$ 55,24.

Na Europa, as bolsas subiram, com o índice regional Stoxx 50 ganhando 1,18%. O Financial Times, de Londres, ganhou 1,13%, o DAX, de Frankfurt, 0,84% e o CAC, de Paris, 0,91%.

O mercado americano também fechou em alta, aguardando a decisão do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que sai amanhã, e que deve subir os juros básicos da economia. O Dow Jones subiu 0,58%, o Standard & Poor’s 500, 0,65% e o Nasdaq, 0,95%.

No mercado brasileiro, o dólar comercial terminou o dia em baixa de 0,59%, vendido a R$ 3,327. Já o dólar turismo, das viagens e compras com cartão, ficou estável, em R$ 3,55.

Os juros futuros, por sua vez, subiram, acompanhando a incerteza política local com as delações da Odebrecht contra o governo de Michel Temer e pela alta das taxas nos EUA. O papel de 10 anos do Tesouro dos EUA terminou o dia pagando 2,474% ao ano, uma das maiores taxas em dois anos.

No Brasil, o contrato de DI futuro com vencimento em janeiro de 2017 fechou projetando 11,50%, para 11,43% ontem. Para janeiro de 2018, a projeção subiu de 11,82% ontem para 11,86% hoje. E, para 2021, a projeção passou de 11,80% para 11,90% ao ano hoje.

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