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Livro traz melhores charges econômicas da The New Yorker

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Um grupo de executivos observa pela janela um colega engravatado caindo do prédio. Um deles comenta com os demais: “Lá vai o Foster… ele deve saber de alguma coisa que não sabemos…”.

A charge é uma das muitas que retratam diferentes momentos da vida financeira dos Estados Unidos e, especialmente de Wall Street, publicadas desde os anos 1920 pela revista The New Yorker e reunidas no livro “A graça do dinheiro”, de Robert Mankof. A versão brasileira foi organizada pelo ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, que é fã das charges da revista há anos e resolveu trazer para o Brasil a coletânia. Ele não diz qual seria a charge ideal para descrever a situação atual brasileira, mas diz que há muitas para os maus momentos e crises. “A minha favorita é a do Foster”, diz.

Franco diz que é interessante como o ambiente de crise produz boas charges. Ele afirma gostar mais delas, inclusive, do que dos textos da New Yorker, pelo estilo liberal, “bem novayorquino”. A revista tem uma tradição de charges que vem desde os anos 1920 e ajuda a entender um pouco dos principais eventos da economia americana. “Eu tinha o livro em inglês e resolvi trazer a série para o Brasil”, explica. “Tirei algumas muito americanas, que a maioria dos brasileiros não entenderia, o que reduziu em 15% a 20% o número de charges, e o que ficou é bem compreensível, mesmo sem notas de rodapé”, diz.

Franco admite que muitas piadas são sobre a bolsa e impostos, que são um pouco diferentes daqui, mas tem coisas muito familiar. “O leitor brasileiro não vai deixar de entender o drama que é fazer a declaração de imposto de renda ou o mercado de ações, apesar de ser menos importante aqui”, explica.

charge-decada-de-1960

Além de fáceis de entender, há a organização cronológica, “porque cada década tem uma marca”, observa Franco. Os anos 1920 são de alegria, 1930, crise, 1940, guerra, 1950, retomada e depois os baby boomers. “Poderia se chamar a história econômica e financeira americana por meio do cartum, mas como não foi organizada com esse fim, não tem esse objetivo histórico”, afirma. “Mas a amostragem conta direitinho a história até a crise da Bolha da Internet e a de 2008, chegando até 2010”, diz.

No Brasil, não há uma tradição de charges econômicas. Os desenhistas e veículos se dedicaram mais às caricaturas políticas. Além disso, não há muitos jornais tão antigos, desde os anos 1920, que usassem as charges como forma de expressão. “Temos os irmãos Caruzo que fizeram uma coletânea de charges, que misturam política e alguma coisa de economia, mas não tem escopo temporal tão grande e nem a mesma filosofia, mesmo trocando de cartunista”, explica. No Brasil, a história da caricatura política vem desde o Império, mas a econômica têm duas ou três décadas. “Os principais jornais econômicos das últimas décadas, Gazeta Mercantil e Valor Econômico, não têm essa preocupação com charges”, diz. “Infelizmente, tiras econômicas não enchem a barriga dos chargistas brasileiros”, acrescenta.

charge-anos-2000Uma das vantagens da charge é a capacidade que elas têm de chamar a atenção dos leitores, afirma Franco. “Estava numa livraria e havia um dos exemplares do livro, e vi que uma pessoa pegou e deu uma folheada, e depois achou graça e ficou uns 15 minutos vendo as figurinhas”, conta. “Normalmente, você olha um livro, vê uma ou duas frases e deixa, mas a charge é pegajosa, no bom sentido”, diz.

O livro “A graça do Dinheiro”, de Robert Makof, é uma publicação da Rio Bravo, em parceria com a editora Zahar.

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