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Receio da delação da Odebrecht e juro nos EUA fazem Ibovespa cair 3,9% e dólar subir 2,4%

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A informação de que os diretores da empreiteira Odebrecht estariam indo para Curitiba assinar o acordo de delação premiada na Operação Lava Jato trouxe muita preocupação aos investidores e provocou forte queda nas ações e alta no dólar e nos juros. Ao mesmo tempo, a alta do petróleo, que começou ontem após o acordo da Opep para reduzir a oferta, aumentou o receio com a inflação e provocou a disparada dos juros americanos. Os papéis de 10 anos do Tesouro dos EUA fecharam pagando 2,45%, para 2,35% na semana passada.

O Índice Bovespa fechou em baixa de 3,88%, aos 59.506 pontos, uma queda de 2,4 mil pontos em apenas um dia. Já o dólar comercial fechou em alta de 2,42%, vendido a R$ 3,469 no mercado comercial. No turismo, a moeda americana subiu 0,84%, para R$ 3,59 para venda.

Os juros também subiram no mercado futuro da BM&FBovespa e no de títulos públicos federais, o que obrigou o Tesouro Direto a suspender a venda de papéis durante a manhã. No mercado futuro de DI, a projeção do contrato para janeiro de 2018 subiu de 12,08% para 12,30% e, para 2021, de 11,77% para 12,28% ao ano, um aumento de 0,51 ponto percentual.

Além da delação do fim do mundo, como é chamado o acordo da Odebrecht, pois pode envolver um número enorme de políticos, muitos deles líderes de partidos e o próprio presidente da República, Michel Temer, o mercado começa a se preocupar com o desgaste provocado pela votação às pressas da chamada Lei Anticorrupção, que acabou totalmente desfigurada na Câmara e quase foi votada sem discussão no Senado. O governo já vem de um desgaste provocado pelas denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, insinuando que Temer teria feito vista grossa para a atuação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que tentou forçar a aprovação de um projeto imobiliário na Bahia onde tinha um apartamento de luxo.

O receio é que as manifestações a favor do Ministério Público, que propôs a lei, e dos juízes da Operação Lava Jato acabem provocando um racha na base do governo entre os que querem aprovar o controle maior dos juízes e promotores e os que não querem perder a popularidade. E isso pode comprometer a votação das reformas. “Se a turbulência política tornar inviável a votação da reforma da Previdência no ano que vem, a situação do mercado brasileiro vai piorar muito mais”, alerta Marcelo Mello, vice-presidente da SulAmérica Investimentos.

O volume negociado na Bovespa foi alto, R$ 11,969 bilhões, para uma média no ano de R$ 7,3 bilhões. Só três papéis do índice fecharam em alta, Embraer ON (BOV:EMBR3), 2,11%, Fibria ON (BOV:FIBR3), 1,74% e Vale ON (BOV:VALE3), 1,46%, todas ligadas a exportação. As maiores quedas do índice foram de Natura ON (BOV:NATU3), 11,76%, Smiles ON (BOV:SMLE3), 10,3%, Santander Unit (BOV:SANB11), 7,99% e CCR ON (BOV:CCRO3), 7,95%. Papéis importantes caíram acentuadamente, como Itaú Unibanco PN (BOV:ITUB4), o maior peso no Ibovespa, que perdeu 4,57%, alvo das vendas dos estrangeiros preocupados com a deterioração do cenário político local e pela atuação da Polícia Federal, que fez diligências no banco por conta da Operação Zelotes. Outro papel com forte queda foi Petrobras PN (BOV:PETR4), que caiu 3,50%, e Ambev ON (BOV:ABEV3), 3,03%.

No exterior, o petróleo continuou em alta hoje, repercutindo ainda o acordo dos países da Opep ontem para reduzir a produção. Depois de subir 8% ontem, o petróleo do tipo WTI subiu mais 3% hoje, para US$ 50,93 o barril. Já o Brent, de Londres, ganhou 3,67%, para US$ 53,74.

Mesmo assim, as bolsas na Europa fecharam em queda, com o receio de que o plebiscito sobre reforma política na Itália derrube o governo de Matteo Renzi e jogue a região em uma nova crise política. O índice regional Stoxx 50 perdendo 0,68%. O Financial Times, de Londres, caiu 0,45%, o DAX, de Frankfurt, 1% e o CAC, de Paris, 0,39%.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones subiu 0,36%, mas o Standard & Poor’s caiu 0,35% e o Nasdaq, 1,36%, refletindo a alta dos juros.

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