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Um Feliz 2017 a todos! Não que vá ser fácil..

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Foi um ano difícil, com muitas turbulências políticas e econômicas aqui e no exterior. Um ano que começou com muito pessimismo e incerteza e terminou com uma certa frustração com as mudanças que se esperava trariam alívio mais rápido do que poderiam. Foi o ano em que o Brasil viu as maiores manifestações de rua deste o movimento das Diretas Já e a maior pressão popular sobre o Congresso, que culminaram com o segundo impeachment de um  presidente da República desde a redemocratização. Um processo que acentuou a divisão dos brasileiros e criou feridas que  vão demorar a cicatrizar.

Em meio a tudo isso, a Lava Jato revelou bastidores sórdidos da nossa política, mostrando como os benefícios públicos a entes privados em troca de propina ou pequenos favores movimentou a engrenagem dos últimos governos. Revelou-se a receita da salsicha dos acordos políticos, como diria Otto von Bismarck. Políticos e empresários importantes foram presos, mostrando que há uma esperança de a lei passar a valer para todos no Brasil, especialmente para os que roubam de todos, especialmente dos mais pobres, por estarem no governo.

Foi também o ano em que se mostrou a baixa qualidade de nossos congressistas, que nada mais são que um retrato da sociedade brasileira seja em rincões distantes ou mesmo em centros urbanos. Surgiu também a mesquinhez de homens públicos que usam o cargo para atingir seus interesses particulares sem o menor constrangimento, como se fossem donos do Estado, para ter um salário maior ou um apartamento na praia.

Mas foi também o ano em que as mudanças na economia, que já mostrava não estar no caminho certo, criam a esperança de um ano melhor, se não já no começo, em meados de 2017. Resta muito trabalho ainda a ser feito, como mostra a crise financeira dos Estados e municípios, resultado de anos de irresponsabilidade fiscal e corrupção, o desemprego, que vai continuar subindo ainda por talvez mais seis meses, e o próprio ajuste do governo federal, que vai implicar em sacrifícios na área de previdência e trabalhista.

Mas são ajustes necessários para as próximas gerações, que muitas vezes não sabem que estão sendo chamadas a pagar uma conta que não lhes compete. Os jovens que sustentarão os aposentados daqui 20 anos ou os desempregados que poderiam ter empregos com menor burocracia não têm força para se manifestar, mas precisam ser defendidos.

Portanto, o ano que vem será mais um ano de fortes emoções, mas talvez mais positivas depois de todas as lições de 2016.

Feliz 2017 a todos!

Angelo Pavini

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