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Ata do Copom confirma: “a coisa tá feia” na economia e mais cortes de 0,75 vêm por aí

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Muita gente comemorou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, de cortar a taxa de juros básica Selic em 0,75 ponto, mais que o 0,5 ponto esperado pela maioria do mercado. Analistas se surpreenderam com a decisão, vendo um Banco Central (BC) mais ousado diante da melhora da inflação. Mas o que a decisão indica mesmo é que a situação da economia brasileira é muito pior do que se pensava, a ponto de preocupar o próprio BC e leva-lo a surpreender o mercado, o que não costuma fazer, deixando de lado os riscos externos, que subiram após a eleição de Donald Trump para a Presidência dos EUA.

Assim, a reação do mercado foi parecida com a de alguém que fica feliz porque o parente internado foi transferido para a UTI porque será mais bem tratado.

O aumento da preocupação do BC fica claro na ata da reunião que cortou os juros básicos de 13,75% ao ano para 13%,  pelo destaque dado à piora do quadro atual e da perspectiva para a atividade econômica. A recessão, que insiste em não acabar, favoreceu a queda nas projeções de inflação para este ano, de 4,7% para 4,4%, avalia o BC.

Diante da surpresa com a piora da atividade, destacada na ata do Copom, os diretores do Banco Central já pensam em rever para baixo a estimativa para o crescimento de 2017, destaca a MCM Consultores. A questão é para quanto. A previsão no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro já havia reduzido o crescimento de 1,5% para 0,9% este ano.

Fazendo do limão uma limonada, o Copom ressalta que, com a capacidade ociosa da economia alta por mais tempo, a inflação tende a perder ainda mais força, nota a ata. Ao mesmo tempo, a inflação se desacelerou de maneira mais generalizada do que esperava o BC. Até mesmo os preços mais sensíveis à atividade, como serviços, que preocupavam o BC, voltaram a cair.

Como o BC falou em “novo ritmo” de flexibilização de política monetária, a MCM acredita que o corte de 0,75 ponto vai ser mantido em fevereiro, e a taxa Selic vai cair para 12,25% ao ano. A consultoria acredita em mais um corte depois desse, em abril, e junho julho e agosto, cortes de 0,5 ponto, o que levará a Selic para 10% ao ano.

Já o Banco Itaú, um dos poucos a acertar o corte maior do Copom, reviu sua projeção para a Selic no fim deste ano, de 10% para 9,75% após avaliar a ata divulgada hoje. O banco não viu nenhuma grande novidade sobre os próximos passos do BC na ata em relação ao comunicado que anunciou o corte de 0,75 ponto na semana passada.

Mas, diante do cenário de economia fraca e inflação convergindo para a meta, o Itaú diz que acredita que o Copom irá cortar a Selic em mais duas reuniões e reduziu a estimativa para o fim do ano, com possibilidade de novas quedas dependendo da fraqueza da economia e seu impacto na inflação. E nota que o próprio Copom reconhece os riscos de baixa sobre as projeções de inflação diante da “desaceleração significativa da atividade econômica”.

O UBS já havia reduzido sua estimativa para o fim deste ano para 9,75% logo depois da decisão da semana passada. O banco suíço considera que a ata confirma que o BC vai manter o ritmo de cortes de 0,75 ponto pelo menos nos próximos três encontros, depois reduzindo o corte para 0,25 ponto entre julho deste ano e abril de 2018, quando a Selic deve se estabilizar em 9% ao ano. Diante da fraqueza da economia e com a inflação controlada, segundo o UBS, o Copom resolveu antecipar os cortes de juros para ajudar na recuperação da atividade sem colocar em risco a inflação dos próximos anos.

O post Ata do Copom confirma: “a coisa tá feia” na economia e mais cortes de 0,75 vêm por aí apareceu primeiro em Arena do Pavini.

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