Fatia do Brasil no comércio global tem recuado desde 2012, reduzindo a sua abertura na comparação com outros emergentes, segundo relatório do Credit Suisse assinado por Nilson Teixeira, Paulo Coutinho e outros membros da equipe do banco.
Fatia que era de 0,8% em 2003 foi para 1,3% em 2011 e diminuiu para 1,1% em 2015. No mesmo período, fatia das economias emergentes no comércio global, excluindo o Brasil, aumentou continuamente, de 17,4% em 2003 para 26,5% em 2015.
Perda de dinamismo do comércio global do Brasil é explicada por fatores como falta de novos acordos comerciais, alta carga tributária do país em produtos importados e pelo crescimento significativo de barreiras não tarifárias nos últimos anos.
Número de barreiras não tarifárias sobre bens exportados pelo Brasil subiu de 23.972 em 2010 para 36.327 em 2016 (+52%); EUA lideraram na imposição de barreiras técnicas e sanitárias ou fitossanitárias aos produtos brasileiros
Brasil também é um dos países com maior número de barreiras não tarifárias sobre os bens que importa e essas restrições passaram de 1.351 em 2010 para 2.071 em 2016.
Importância e dinamismo do Brasil no comércio global devem seguir baixos nos próximos anos, dada a perspectiva de moderação da expansão do PIB nos próximos 5 anos dos países importadores e da economia global