De acordo com a pesquisa, o maior aumento da confiança ocorreu nas grandes empresas. Enquanto nas companhias com menos de 50 funcionários o Icec cresceu 1,6%, nas grandes, que empregam mais de 50 pessoas, o índice teve alta de 11,8%, na comparação com novembro. Já em relação a dezembro de 2015, a alta foi de 31,7% e 56,3%, respectivamente.
Para a FecomercioSP, as grandes empresas mostram forte recuperação na margem e crescimento ainda maior na comparação interanual. Agora, as grandes empresas voltam a se distanciar e se mantêm mais confiantes do que as pequenas, ainda longe do diferencial percebido em tempos de crescimento econômico, como era observado ao longo da série histórica, mas caminhando para a normalidade, como ocorre em outros indicadores econômicos apurados pela Federação.
Expectativa puxa a confiança
O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec) subiu timidamente, 0,4%, passando dos 148,7 pontos de novembro para os 149,4 pontos em dezembro, o maior nível em três anos. O Ieec ainda é o único subíndice do Icec acima do patamar dos 100 pontos e demonstra que muito da alta da confiança do empresariado está relacionada à expectativa de dias melhores.
Já o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec), que mede a propensão dos empresários em realizar novos investimentos, avançou 3,5% em dezembro e atingiu 86,8 pontos. Em relação ao mesmo mês de 2015 o aumento é 15,0%.
Desânimo e crise perdendo a força
De acordo com a FecomercioSP, mesmo que ainda haja sinais de um desânimo típico de uma conjuntura de baixo crescimento, há ao mesmo tempo uma percepção de que a crise econômica está lentamente perdendo a força – principalmente pela desaceleração da inflação em curso – sentimento captado pelo índice de expectativas, que atingiu seu maior nível em três anos. Mas as condições do mercado de trabalho, o crédito caro, o alto comprometimento da renda das famílias e a baixa intenção de consumo permanecem ainda como um entrave para a recuperação do comércio varejista.
A FecomércioSP ainda reforça que, o espírito de recomeço e a sensação de que a economia tem mesmo condições de se recuperar em 2017 (dando já alguns sinais em 2016) está cada vez mais evidente. A entidade diz em seu relatório que vem, desde abril e maio, detectando essa mudança de humor, “que era ainda muito insipiente naquele momento mas que vai se confirmando com os dados mais recentes”.
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