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Ví­deo desta manhã:

Hoje é dia de os mercados reagirem a dois eventos ocorridos ontem: a primeira coletiva do presidente Donald Trump e também à surpresa armada pelo Copom.

Trump mais que nunca foi Trump. Brigou com jornalistas com dedo em riste, falou bravatas de campanha, voltou coma história de o México ter que pagar pelo muro na fronteira e pressionou empresas com plantas industriais no exterior com impostos elevados. Já o Copom surpreendeu com queda da Selic de 0,75%, quando a probabilidade do mercado era somente de 30%, deixando aberta a possibilidade de cortes do mesmo tamanho ou até maiores.

Com isso, os mercados por aqui estão começando o dia tendo que ajustar. Dólar fraco no exterior traz tendência idêntica para cá, juros dos DIS ajustando forte e Bovespa mostrando que pode subir bem. Além disso, preço do petróleo em alta no mercado internacional impulsiona as ações de Petrobras.

No cenário externo a China anotou crescimento das vendas de autos em 2016 de 15% (24,4 milhões de veículos), novos empréstimos de dezembro subiram 1,04 trilhão de yuan e a base monetária anualizada de dezembro mostrou expansão de 11,3%. No Japão o superávit em conta corrente de novembro cresceu 28%, no melhor novembro desde 2007.

Já o PIB da Alemanha de 2016 foi confirmado em expansão de 1,9%, também a maior alta desde 2011.

Na zona do euro outra boa notícia com a produção industrial expandindo 1,5% em novembro, quando o esperado era alta de 0,5%. A produção da Itália ajudou muito nisso. Na sequencia dos mercados no exterior o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 1,22%, com o barril cotado a US$ 52,89. O euro era transacionado em alta para US$ 1,0645 e os notes americanos de 10 anos com taxa de juros em queda para 2,33%. O ouro e a prata estavam em alta na Comex e commodities agrícolas com viés de queda na bolsa de Chicago.

No segmento local a União e o Rio de Janeiro parecem estar chegando a acordo de resgate e reestruturação da dívida de R$ 6,0 bilhões e o Banco do Brasil já disse poder emprestar recursos com aval da União. O IBGE divulgou que a receita bruta nominal de serviços de novembro subiu 0,1%, mas no comparativo com igual período de 2015 mostra queda de 5,0%. Os serviços prestados às famílias teve alta de 0,2%.

Na sequencia dos mercados por aqui os DIs abriram em forte queda e o dólar caía 0,97% para R$ 3,164. Na Bovespa o índice futuro mostrava alta de 2,0%, mesmo considerando a fragilidade externa das principais bolsas.

Na agenda do dia teremos indicadores sendo anunciados no exterior, a ata da última reunião do BCE (BC europeu) e uma profusão de discursos de dirigentes do FED, inclusive da presidente Janet Yellen.

Sobre Alvaro Bandeira:

Economista chefe do Home Broker modalmais, atua há mais de 40 anos no mercado financeiro. Foi presidente da Bolsa Brasileira de Futuros (BBF), Presidente da Apimec, conselheiro da BVRJ e de empresas de capital aberto. Além de contribuir ativamente com artigos e entrevistas para os diversos veí­culos de economia e finanças pessoais deste país.

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