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IPP: 18 das 24 atividades industriais brasileiras apresentaram aumento de preços em Dezembro de 2016

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Em dezembro de 2016, os preços indústria geral subiram 1,28% em relação a novembro, variação acima da observada entre outubro e novembro (0,80%). Das vinte e quatro atividades pesquisadas pelo Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE), dezoito apresentaram alta de preços, contra vinte no mês anterior.

As quatro maiores variações ocorreram entre os produtos das seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (19,55%), refino de petróleo e produtos de álcool (2,53%), metalurgia (2,20%) e fumo (1,81%). Já as maiores influências, ainda em relação a novembro de 2016 (1,28%), vieram de indústrias extrativas (0,60 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,25 ponto percentual), metalurgia (0,16 ponto percentual) e veículos automotores (0,06 ponto percentual).

Com a variação  mensal positiva registrada em dezembro, O IPP encerrou 2016 com um crescimento de 1,71%, contra 0,42% aferido em 2015. As maiores variações percentuais obtidas no ano foram: indústrias extrativas (34,37%), outros produtos químicos (-12,36%),impressão (9,54%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (9,37%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (1,77 ponto percentual), outros produtos químicos (-1,32 ponto percentual), indústrias extrativas (0,95 ponto percentual) e metalurgia (0,44 ponto percentual).

A seguir são analisados com mais detalhes seis setores que em dezembro 2016, encontravam-se entre os quatro principais destaques em pelo menos um dos seguintes critérios: maiores variações de preços, maiores influências, ambos nas comparações com novembro e acumulado no ano, e as principais ponderações.

Clique aqui para saber mais detalhes sobre a performance do IPP em dezembro de 2016.

 

Indústrias extrativas

Em dezembro, os preços da atividade variaram positivamente (19,55%) em relação ao mês anterior, sendo a principal variação mensal observada entre todas as atividades pesquisadas. Com este resultado, o acumulado no ano chegou a 34,37%, destacando-se como a maior variação observada para a indústria geral.

As atividades extrativas também exerceram a principal influência sobre a indústria geral, em relação a novembro (0,60 ponto percentual), e a segunda maior no acumulado do ano (0,95 ponto percentual).

Todos os produtos analisados na atividade apresentaram variação positiva em relação ao mês de novembro. Destacaram-se, na variação mensal e no acumulado do ano: “minérios de ferro”, que teve elevação de seus preços internacionais em decorrência da expansão da demanda chinesa pela commodity em 2016; e “óleos brutos de petróleo”, também em linha com os preços internacionais.

 

Alimentos

Em dezembro de 2016, os preços dos alimentos tiveram variação positiva de 0,14% e, com isso, o acumulado no ano fechou em 8,82%. Ao longo de 2016 nove resultados mensais foram positivos, sendo o de dezembro o menor deles. Por outro lado, o acumulado em 2016 é menor que o observado em 2015 (14,28%).

No mês, os quatro produtos de maior influência responderam por 0,12 ponto percentual, sendo que dois deles (“manteiga de cacau” e “óleo de soja refinado”) aparecem também como influência em termos de variação. Os outros dois produtos de maior influência foram: “carnes e miudezas de aves congeladas” e “resíduos da extração de soja”.

A variação positiva dos preços dos derivados de soja em dezembro reflete o aumento de preços da própria soja, num momento em que o dólar valorizou em relação ao real (em dezembro uma variação de menos de 0,5%, que se seguiu a de novembro, de quase 5,0%). No caso da “manteiga de cacau”, a variação negativa está em linha com a queda de preços da commodity no mercado internacional, em particular com o que aponta a bolsa de Nova York. A queda de preços de “carnes e miudezas de aves congeladas” tem parte de sua explicação na maior oferta (também de carnes de outras aves) no período natalino.

O destaque dado ao setor se deveu à influência que a variação de preços dos produtos exerceu sobre o resultado anual das indústrias extrativas e de transformação, respondendo por 1,77 p.p., em 1,71%, a maior influência entre todas as atividades pesquisadas. Nessa perspectiva de mais longo prazo, os derivados da cana-de-açúcar (“açúcar cristal” e “açúcar refinado de cana”) impactaram positivamente, sendo que os preços do produto foram estimulados por uma crescente demanda internacional. No caso dos derivados da soja, o mercado ao longo do ano foi marcado por problemas com a oferta da Argentina e, até certo momento, com a dos Estados Unidos.

 

Refino de petróleo e produtos de álcool

Em dezembro, os preços dos produtos deste setor tiveram variação positiva (na comparação com novembro) de 2,53%, maior resultado de um ano marcado por sete variações negativas e cinco positivas. No acumulado do ano, os preços sofreram recua (-2,44%), após acumularem alta de 3,85% em 2015.

O destaque do setor se deveu justamente ao observado na passagem de novembro para dezembro, uma vez que foi a segunda maior variação de preços entre todas as atividades pesquisadas e também a segunda maior influência (0,25 ponto percentual em 1,28%).

Os quatro produtos de maior influência no mês são derivados de petróleo, sendo que apenas um deles, “naftas”, apresentou variação negativa de preços. Entre os demais, os dois produtos de maior peso no cálculo, “óleo diesel e outros óleos combustíveis” (52,13%) e “gasolina automotiva” (15,37%), pressionaram positivamente o resultado. Os quatro produtos destacados responderam por 2,68 ponto percentual em 2,53%.

Na perspectiva de mais longo prazo, todos os derivados de petróleo impactaram negativamente o índice, o contrário tendo acontecido com “álcool etílico (anidro ou hidratado)”. No caso deste produto, os aumentos de preços estiveram também ligados à forte demanda por açúcar no mercado internacional.

 

Outros produtos químicos

A indústria química no mês de dezembro apresentou uma variação média de preços de -0,02% em relação a novembro, o que resultou em um acumulado do ano em um valor de -12,36% (maior variação observada entre todas as atividades do setor de transformação), muito disso em consequência do mercado internacional e dos preços dos derivados de petróleo, especialmente da nafta.

Um ponto a ser destacado é que, entre os produtos com as principais variações na comparação mensal, nenhum faz parte dos que apresentam o maior peso no cálculo (ver na coluna dos produtos listados como principais “contribuições”), desta forma, mesmo com todos os produtos que mais se destacaram em termos de variação possuindo resultados positivos, a variação média da atividade no mês é negativa.

Os quatro produtos destacados em termo de variação no mês contra o mês imediatamente anterior são: “amônia”, “estireno”, “sulfato de amônio ou uréia” e “superfosfatos”. Além destes grupos, também merecem menção os produtos químicos orgânicos, mais especificamente a já citada “amônia”, que tende a seguir os patamares delimitados pelos preços internacionais.

Interessante ressaltar que os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior (“estireno” e “sulfato de amônio ou uréia” com resultados positivos e “PEAD” e “polipropileno (PP)” com resultados negativos) representaram um resultado líquido positivo em 0,19 ponto percentual no resultado de variação de -0,02% no mês, ou seja, os demais 28 produtos contribuíram positivamente com 0,21 ponto percentual.

 

Metalurgia

Ao comparar os preços do setor em dezembro de 2016 contra novembro de 2016 pode-se reparar a continuidade de reversão das quedas registradas em outubro e setembro, alcançando uma variação média de preços positiva em 2,20% (segunda maior variação da indústria de transformação no mês) e, desta forma, acumulando no ano uma variação positiva de 6,25%.

Na comparação com novembro, todos os produtos tiveram variações positivas, e os destaques foram três produtos ligados à siderurgia (“bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”, “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras” e “bobinas e chapas de aços zincadas”), além de um que pertence ao grupo de materiais metálicos não ferrosos, “alumínio não ligado em formas brutas”.

Em relação aos produtos que mais influenciaram os resultados no mês contra o mês imediatamente anterior e no acumulado no ano, “bobinas a quente e a frio de aços ao carbono, não revestidos” aparece nas duas situações. Em relação a novembro, “alumínio não ligado em formas brutas” e “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” são também destaques, sendo o primeiro com influência positiva e o segundo, negativa. Finalmente, para os resultados acumulados no ano, os quatro produtos em destaque como influência apresentaram valores positivos.

A bolsa de valores Londres, que costuma explicar os preços dos produtos ligados ao alumínio e ao cobre, apresentou um crescimento significativo na última quinzena do mês de novembro para o alumínio, com reflexos no mês de dezembro. Os quatro produtos anteriormente citados como os de maior influência nos resultados de dezembro em relação a novembro representaram 1,44 ponto percentual dos 2,20% de variação no mês contra o mês anterior.

O comportamento do setor é influenciado pela combinação dos resultados dos grupos siderúrgicos (ligado aos produtos de aço) e do grupo de materiais não ferrosos (cobre e alumínio), os quais, por sua vez, apresentam comportamentos bastante diferenciados. O grupo siderúrgico é afetado pelo excedente de capacidade de aço no mundo, mesmo com a meta de redução da produção de aço na China, além do custo da energia elétrica e do gás natural; já o segundo grupo apresenta seus preços ligados às cotações das bolsas internacionais e as variações do dólar.

 

Veículos automotores

Em dezembro, a variação observada no setor foi de 0,60%, quando comparada com o mês imediatamente anterior. Esta foi a quinta variação positiva seguida da atividade e a maior desde agosto. Isto fez com que a taxa acumulada ao longo do ano de 2016 alcançasse 3,89%, sendo este o menor valor observado em dezembro desde 2013 (quando apresentou uma variação acumulada de 2,81%). A título de comparação, em dezembro de 2015, o acumulado havia sido de 6,31%.

Além de ser um dos setores de maior peso no cálculo do indicador geral (atrás apenas do setor de alimentos), o destaque dado a veículos automotores se deveu também ao fato de a atividade apresentar a quarta maior influência na variação mensal dentre todos os setores pesquisados (0,06 ponto percentual em 1,28%).

Entre os quatro produtos de maior influência na comparação com novembro, três tiveram impacto positivo no índice: “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, “peças para motor de veículos automotores” e “limpadores de para-brisas”, sendo que os dois primeiros estão entre os três produtos de maior peso na atividade. Apenas um produto dentre os quatro de maior influência na variação mensal seguiu o caminho contrário, com impacto negativo no índice: “carrocerias para ônibus”. A influência desses quatro produtos foi de 0,50 ponto percentual em 0,60%.

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