As vendas no comércio varejista brasileiro recuaram 2,1% na passagem de novembro para dezembro de 2016, série livre de influencia sazonal. Regionalmente, as vendas no varejo foram negativas para 26 as 27 Unidades da Federação no período, com os maiores recuos sendo observados na Paraíba (-6,3%), Goiás (-5,7%) e Rondônia (-5,1%). O único Estado da Federação que não apresentou retração mensal nas vendas no varejo foi o Amapá (0,1%), que mostrou estabilidade nas vendas entre novembro e dezembro.

Frente a dezembro de 2015, série sem ajuste sazonal, o Comércio Varejista registrou queda no volume de vendas para 25 dos 27 estados, com destaque para o Pará (-12,6%), seguido por Mato Grosso (-12,4%) e Rondônia (-12,0%). Quanto à participação na composição da taxa negativa do varejo, destacaram-se São Paulo (-4,2%) e Rio de Janeiro (-7,4%).

No acumulado no ano de 2016, frente ao ano de 2015, o Comércio Varejista mostrou redução no volume de vendas em 26 das 27 Unidades da Federação, com destaque, em termos de magnitude de taxa para Amapá (-18,1%), Pará (-13,1%), Rondônia (-12,3%) e Bahia (-12,1%). Roraima, com avanço de 1,2%, foi o único estado que mostrou avanço das vendas em 2016.

 

Comércio Varejista Ampliado

No Comércio Varejista Ampliado, que agrega também as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, 25 das 27 Unidades da Federação apresentaram variações negativas na comparação com dezembro do ano passado. Em termos de volume de vendas, destacaram-se Rondônia (-15,5%), Pará (-12,6%), Amapá (-11,0%) e Espírito Santo (-11,9%). Os estados com maior impacto negativo foram São Paulo (-7,7%) e Rio de Janeiro (-8,5%). Por outro lado, Roraima (5,5%) e Sergipe (2,6%) registraram avanço em relação a dezembro de 2015.

No acumulado do ano, 26 as 27 Unidades da Federação apontaram queda, com destaque, em termos de magnitude, para Amapá (-16,3%); Espírito Santo (-15,0%); Pará (-14,0%) e Tocantins (-13,1%). Roraima, com avanço de 0,7% foi o único estado que mostrou avanço nas vendas em 2016.

 

Entenda a Pesquisa Mensal do Comércio

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor varejista brasileiro.

Iniciada em janeiro de 1995, a pesquisa cobre todo o território nacional e é divulgada mensalmente, após coleta de dados em mais de 5.700 empresas comerciais, selecionadas a partir do cadastro das empresas com vinte ou mais pessoas ocupadas (assalariadas e não assalariadas).

A PMC abrange dez grupos de atividades: combustíveis e lubrificantes; supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; tecidos, vestuário e calçados; móveis e eletrodomésticos; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; equipamentos e materiais para escritório, informática e de comunicação; livros, jornais, revistas e papelaria; outros artigos de uso pessoal e doméstico; veículos e motocicletas, partes e peças; e materiais de construção. Os oito primeiros segmentos listados têm receitas geradas predominantemente na atividade varejista. Já os dois últimos (veículos e motos, partes e peças e materiais de construção), englobam varejo e atacado.

Para realização da pesquisa, o IBGE coleta dados sobre a receita bruta mensal das empresas, proveniente da revenda de mercadorias, não deduzidos os impostos incidentes e nem as vendas canceladas, abatimentos e descontos incondicionais. Também não estão incluídas as receitas financeiras e não-operacionais. A partir da receita bruta de revenda investigada são construídos indicadores para duas variáveis: Receita Nominal de Vendas e Volume de Vendas.

Clique aqui para saber mais detalhes sobre a Pesquisa Mensal do Comércio realizada em dezembro de 2016.