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Apesar de ainda estimar a apreciação do real em relação ao dólar no curto prazo, a consultoria Roubini Global Economics avalia que o rali da moeda brasileira está próximo do fim. O câmbio passou de R$ 3,29 no início do ano para o patamar atual próximo a R$ 3,08.
Em relatório, o economista sênior para América Latina Ariel Rajnerman ressalta que o movimento se deu por conta da combinação de fatores domésticos (a preocupação com a agenda de reformas estruturais e fiscais e desinflação) e tendências globais (elevação dos preços das commodities e melhora das condições financeiras globais).
Entretanto, ele nota que os mercados precificaram largamente esses fatores domésticos positivos e, agora, as tensões políticas e instabilidade podem ressurgir. Isso tudo enquanto os fatores externos não irão continuar a dar apoio. Portanto, o rali do real tem pouco espaço para continuar. “Prevemos uma reversão e uma tendência de depreciação para o resto do ano, a R$ 3,4”, diz.
“A delação premiada dos executivos da Odebrecht, a maior empresa de construção brasileira, que citou o presidente Michel Temer e outros políticos importantes em um escândalo de corrupção continua e, em março/março, o relator do processo no TSE poderá recomendar a anulação das contas de campanha de Rousseff-Temer de 2014”, avalia Rajmerman.
