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As vésperas das eleições, nacionalismo pega fogo na Holanda

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A economia holandesa tem conseguido manter nos últimos anos um bom ritmo de crescimento, considerado satisfatório e sustentado o suficiente para manter a taxa de desemprego em níveis baixos. O País não tem sofrido ataques terroristas e sua política externa não costuma entrar em temas polêmicos.

As condições deveriam ser favoráveis à reeleição tranquila do primeiro-ministro, Mark Rutte, do Partido Popular para a Liberdade e Democracia, mas não é o que as pesquisas de intenção de voto estão apontando. Seu maior rival, o candidato anti-imigração, populista e anti-Europa, Geert Wilders, do Partido da Liberdade (extrema direita), está com apenas 3 pontos de desvantagem em relação à Rutte, que lidera as pesquisas.

A margem apertada para o segundo colocado da extrema direita obrigou o primeiro-ministro holandês partir para o ataque neste último final de semana para angariar votos de eleitores com sentimento nacionalista na reta final das eleições que acontecem nesta próxima quarta-feira.

No sábado, o governo holandês cancelou a permissão de pouso para o avião do ministro de Relações Exteriores da Turquia. No domingo, a ministra turca da Família e das Políticas Sociais, Fatma Betul Sayan Kaya, foi impedida de entrar no complexo diplomático da Turquia em Roterdã, e teve sair da Holanda sob escolta militar.

Obviamente, a tensão entre Holanda e Turquia aumentou. Os ministros pretendiam fazer discursos na Holanda para angariar apoio de cidadãos turcos que vivem no País, já que no dia 16 de abril haverá um referendo para os turcos decidirem se aumentam ou não os poderes do presidente turco Tayyip Edrogan.

Entretanto, o primeiro-ministro holandês não está muito preocupado com as políticas de Edrogan. Rutte precisava passar uma imagem de político de pulso mais firme e a Turquia deu azar de ser a primeira oportunidade que chegou à mesa do primeiro-ministro holandês. Com essa nova postura, Rutte conseguirá captar alguns importantes votos do sentimento nacionalista em forte crescente na Holanda. Nesta última segunda-feira, ele chegou afirmar ter traçado uma linha vermelha (uma expressão de força relevante).

Mesmo com uma vitória no voto popular, a extrema direita holandesa não conseguirá se manter no poder, já que os demais partidos alegaram não ter interesse em formar coalizão com Wilders. Já o atual primeiro-ministro, pró-Europa, se vencer, já tem uma coalizão formada que o permitirá governar.

No entanto, Rutte precisa vencer no voto popular para tentar esfriar os ânimos da extrema direita e impedir um contágio ainda maior na França e Alemanha, que também passarão por eleições neste ano.

Independente dos resultados na Holanda nesta semana, França e Alemanha mais tarde, fato é que mesmo com uma eventual derrota do populismo e/ou da extrema direita nesses países, os líderes terão de ceder em alguns pontos e se adaptarem à nova realidade para manterem suas respectivas popularidades. O establishment foi quebrado em duas potências globais (Reino Unido e Estados Unidos) porque, dentre outras variáveis, as lideranças do status quo estavam fazendo política olhando para o passado e não para o futuro.

No Reino Unido,  a primeira-ministra, Theresa May, obteve mais uma vitória na Câmara Baixa do Parlamento ao conseguir derrubar as mudanças na legislação feitas pela Câmara Alta, garantindo mais liberdade para negociar a ruptura com a União Europeia.

A Câmara Alta é conhecida como a Câmara do Lordes, composta por representantes não eleitos, e tentava proteger o interesse de grandes organizações britânicas, que temem o Brexit. Com a vitória na Câmara Baixa, composta por parlamentares eleitos pelo povo, o projeto volta para a Câmara Alta, para debate a aprovação. Temendo receio de serem vistos como se estivessem tentando bloquear do referendo de junho do ano passado, desta vez a Câmara Alta não deve brigar e aprovar definitivamente o projeto nos moldes da Câmara Baixa, como queria May.

Com aprovação da Câmara Alta, o projeto será enviado para a rainha para aprovação simbólica. A partir desse ponto, a primeira-ministra britânica está liberada para ativar o famoso Artigo 50 do Tratado de Lisboa, iniciando formalmente a saída do Reino Unido da União Europeia.

Nos Estados Unidos, destaque para a disparada de 9,6% do déficit comercial no mês de janeiro, o maior em quase cinco anos. No ano passado, os Estados Unidos registrou 502 bilhões de dólares em déficit comercial, o maior número desde 2012, impulsionado pelo saldo negativo com a China e o México. Os números reforçam o discurso do atual presidente Donald Trump e mais que justificam uma necessidade de mudança nas relações comerciais com alguns países.

O S&P500 trabalha movimento corretivo de curtíssimo prazo, conseguindo encontrar apoio sobre a linha central de bollinger. Movimento vendedor ainda tímido, sem ameaçar até mesmo a perna intermediária de alta iniciada em novembro do ano passado.

SPX

No Brasil (BOV:IBOV), o movimento corretivo ocorre com mais intensidade. O Ibovespa, vendido, perdeu a linha central de bollinger e a LTA intermediária dos 56,8k, mas ainda está conseguindo se sustentar na importante região de suporte dos 64k.

BVSP

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