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O Índice Bovespa (BOV:IBOV) terminou a sexta-feira com uma pequena alta, de 0,14%, aos 64.675 pontos, sob o impacto da melhora das bolsas no exterior e da queda do petróleo. O volume negociado foi de R$ 8,838 bilhões, acima da média do ano, de R$ 7,9 bilhões, indicando a presença de estrangeiros.
Com a queda de hoje, o Índice Bovespa acumula perda de 3,16% na semana e 2,98% no mês. No ano, o índice ainda ganha 7,39% e, em 12 meses, 30,47%.
Mercado de trabalho americano aquecido
O mercado acompanhou atendo os dados do mercado de trabalho americano. Segundo o relatório de emprego do Departamento do Trabalho, foram criados 235 mil postos em fevereiro, acima da projeção do mercado, de 200 mil vagas, segundo a Bloomberg. Além disso, o resultado de janeiro foi revisado para 238 mil postos. “Após um resultado novamente acima de 200 mil contratações, o mercado de trabalho americano mostra um bom ritmo de aquecimento mesmo próximo do patamar de pleno emprego”, avalia a MCM Consultores. O desemprego caiu de 4,8% em janeiro para 4,7% e os ganhos subiram 2,8% sobre fevereiro do ano passado.
Este novo relatório de emprego com dados mais significativos em contratações, queda de desemprego, aumento da taxa de participação e aumento de salários tornam ainda mais certo o novo aumento de juros que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) deve anunciar neste mês, avalia a MCM. Além disso, a percepção de que a ociosidade no mercado de trabalho voltou a cair, como no ano passado, pode fazer com que os diretores do Fed passem a esperar mais do que três aumentos este ano no novo quadro de projeções do Comitê de Mercado Aberto (Fomc). As projeções atualizadas dos integrantes do Fomc serão conhecidas na próxima quarta-feira.
Apesar disso, os juros dos papéis de 10 anos caíram, de 2,61% ao ano ontem para 2,578% ao ano.
Petrobras caí com petróleo e Vale recua
Os principais papéis do Ibovespa fecharam em queda hoje. As ações da Petrobras caíram 1,31% as preferenciais (PN, sem voto) e 0,14% as ordinárias (ON, com voto). Os papéis acompanharam nova queda nos preços do petróleo. Em Nova York, o preço do barril do tipo WTI caiu 1,81%, para US$ 48,39, enquanto o Brent, de Londres, recuou 1,69%, para US$ 51,31. O aumento dos estoques americanos mostra que a estratégia dos produtores para segurar os preços cortando a produção não está funcionando bem.
As ações da Vale também recuaram hoje, com os papéis ON perdendo 1,76% e os PNA, 2,29%.
Estácio sobe 7,29% e Usiminas cai 4,14%
As maiores altas do Índice Bovespa foram de Estácio Participações ON, 7,29%, Ecorodovias ON, 6,16%, Localiza ON, 5,31% e Rumo Logística ON, 4,47%.
As maiores baixas foram de Usiminas PNA, 4,14%, Gerdau Metalúrgica PN, 2,50%, Vale PNA, BR Foods ON, 2,25% e Embraer ON, 2,14%.
Na semana, as maiores altas foram de MRV ON, 6,91%, seguida de Ultrapar ON, 4,97%, Natura ON, 4,14%, Localiza ON, 3,74% e Embraer ON, 2,46%.
Gerdau lidera quedas na semana
As maiores quedas do índice na semana foram de Gerdau PN, 10,79%, Usiminas PNA, 10,60%, CSN ON, 10,10% e Santander unit, 8,73%.
Na Europa, as bolsas fecharam em alta, com exceção do DAX, de Frankfurt, que caiu 0,13%. O Euro Stoxx 50 subiu 0,19%, o Financial Times de Londres, 0,38% e o CAC, de Paris, 0,24%.
Nos Estados Unidos, os dados fortes de emprego animaram os investidores com a perspectiva de crescimento da economia americana. O Índice Dow Jones subiu 0,21%, o Standard & Poor’s 500, 0,33% e o Nasdaq, 0,39%.
Dólar cai e juros recuam com IPCA menor
No Brasil, o dólar comercial caiu 1,59%, para R$ 3,145 para venda. Já o dólar turismo, do varejo, ficou estável em R$ 3,31.
Os juros futuros, por sua vez, recuaram, conforme mostram as projeções dos contratos futuros de DI da BM&FBovespa. Os contratos para janeiro de 2018 caíram de 10,25% para 10,08% ao ano. Para 2019, a projeção caiu de 9,80% para 9,58% e, para 2021, de 10,20% para 10% ao ano.
O IPCA de fevereiro reforçou as expectativas de cortes mais fortes nos juros neste ano. No mês passado, o índice oficial de inflação subiu 0,33%, o menor percentual desde 2000. Consultorias já esperam que o IPCA atinja 4,5% em 12 meses, ou seja, na meta do BC, já este mês, o que não ocorria desde dezembro de 2009.
