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Está aberta a porteira

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Mal entrou em campo de batalha e a reforma da previdência já sofreu duas grandes baixas. Paulo Paim, senador do PT (RS), protocolou nesta terça-feira um requerimento de criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com objetivo de apurar eventuais desvios de recursos da Previdência Social.

Acompanhado de líderes de sindicatos e de 58 assinaturas de senadores (eram necessárias apenas 27), Paim protocolou o pedido de criação da CPI, prometendo provar, através de dados de fiscais da Receita, que a Previdência é superavitária.

Embora as assinaturas coletadas por Paim não confirmem a existência de uma forte resistência a ser enfrentada pelo governo (já que os parlamentares da base assinaram o pedido com intenção de conduzir a CPI ao caminho menos traumático possível), o problema está criado e suas consequências são imprevisíveis. Além disso, a CPI poderá atrasar a tramitação da reforma, fazendo o Planalto perder o timing para articulação.

A segunda grande baixa foi anunciada pelo próprio presidente Michel Temer. Cedendo às pressões do Congresso, o governo decidiu retirar os servidores estaduais e municipais da reforma da previdência, justificando evitar invasão de competência.

O motivo apresentado parece ser mais uma desculpa esfarrapada para conseguir apoio defendendo interesses de determinada parcela da população.  Isso significa que, a partir de agora, as mudanças para os servidores municipais e estudais devem partir dos Legislativos regionais.

Os governadores e prefeitos dificilmente conseguirão alcançar força necessária para aprovar uma reforma tão impopular com o governo federal se retirando da briga, de uma forma que praticamente dá sinal verde para manutenção das atuais regalias aos servidores.

A mudança anunciada por Temer também tende a enfraquecer o lendário ajuste fiscal supostamente em curso no Brasil, onde a meta para este ano (rombo de 139 bilhões de reais) está, inclusive, ameaçada. Como se não bastasse, após a concessão de hoje, outros grupos/setores/categorias vão certamente lutar para conseguirem ficar de fora do pacote de maldade previdenciário. Onde passa um boi, passa uma boiada.

A terça-feira também foi marcante para o mercado de capitais. Wall Street sucumbiu, interrompendo a sequência de quatro meses de clima muito positivo. As vendas apareceram com força no pregão da bolsa de Nova York influenciadas pelo receio com a votação da legislação da saúde proposta pelos republicanos, na próxima quinta-feira.

O mercado teme que o partido não vá conseguir a maioria necessária para aprovar as mudanças. A reforma do sistema de saúde é o primeiro grande teste de Donald Trump no Congresso. Se for rejeitada, os investidores/operadores entenderão não haverá condições para aprovação da reforma tributária (com significativa redução de impostos). Os republicanos dominam as duas casas, mas alguns parlamentares se mostram dissidentes.

O S&P500 fechou o pregão em forte queda, colado na mínima, confirmando o nascimento de uma nova perna de baixa, aos 2,4k. Não há regiões de suporte relevante até a média móvel simples de 200 períodos diária.

Os mercados europeus sentiram o baque vindo de Wall Street. Em Londres, o índice FTSE cravou topo na região dos 7.447 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX também emitiu sinalização de topo, já iniciando o rompimento descendente da linha central de bollinger.

A praça mexicana, que trabalhava dentro de um bom movimento de recuperação nos últimos dias/semanas, fechou o pregão em forte baixa, sinalizando esgotamento da perna de alta iniciada na região dos 180 pontos.

Na Rússia, o principal índice do mercado acionário cravou uma estrela cadente no pregão de hoje, confirmando topo descendente na região dos 1.139 pontos, agregando força à tendência de baixa iniciada no mês passado.

No Brasil, o índice Bovespa (BOV:IBOV) afundou novamente nesta terça-feira, perdendo a principal linha de suporte de curto prazo localizada na região dos 64k. Com um topo descendente confirmado em 66,6k, a tendência de baixa iniciada no mês de fevereiro, aos 69,4k, ganha mais força, ameaçando jogar o índice de volta à média móvel simples de 200 períodos diária.

Ibovespa

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