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Fomc sobe juros nos EUA para 1%, mas indica manutenção no ritmo dos reajustes

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Em reunião encerrada nesta quarta-feira, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) decidiu aumentar os juros básicos da economia do intervalo de 0,50% a 0,75% ao ano para 0,75% a 1,00% ao ano. A decisão não foi unânime. Neel Kashkari, do Fed Minneapolis, votou pela manutenção dos juros. No comunicado, a decisão novamente foi justificada pelos resultados obtidos e esperados no cenário de emprego e inflação, assim como no reajuste anterior, em dezembro de 2016.

Projeções dispersas no longo prazo

Segundo a MCM Consultores, no gráfico de projeções para a taxa de juros feita pelos diretores do Fomc, o cenário de três aumentos para este ano se manteve, com nove projetando 1,375%. Para os anos seguintes, a expectativa de três aumentos também se manteve. No entanto, permanece elevada a dispersão nas expectativas a partir do ano que vem, refletindo a incerteza dos diretores sobre o cenário econômico de médio prazo e a possibilidade de novas mudanças nas próximas projeções. A taxa de juros de equilíbrio de longo prazo ainda é estimada em 3,0%, diz a MCM.

Inflação mais perto dos 2% desejados pelo Fed

O quadro de projeções econômicas do banco central americano pouco mudou. Para este ano, a única mudança na mediana das expectativas foi no núcleo da inflação dos gastos pessoais, o PCE, apesar da avaliação no comunicado de que este mudou pouco e permanece abaixo do objetivo de 2%, destaca a consultoria. A projeção de crescimento da economia para o ano que vem foi ligeiramente revisada para cima, agora em 2,1%. Além disso, a estimativa para a taxa de desemprego de longo prazo foi para 4,7%, nível atual da taxa de desemprego, e permanece a expectativa de queda forte no desemprego para este ano e os próximos.

Yellen fala em novos aumentos

Em sua entrevista coletiva, a presidente do Fed, Janet Yellen, afirmou que a decisão pelo aumento de juros refletiu a contínua evolução da inflação e do emprego, e que novos aumentos seriam apropriados caso estes objetivos continuarem a evoluir em linha com o esperado.

Ela considera que ainda há espaço para avanços no mercado de trabalho e espera uma estabilização da inflação em torno de 2%, também afirmando que a introdução do termo “symmetric” indica que a inflação pode oscilar em torno da meta no caminho para estabilidade, afirma a MCM. Yellen também afirmou que a expectativa ainda é de ajustes graduais nos juros.

De olho nos gastos de Trump

Além disso, voltou a ressaltar que a política fiscal é uma das variáveis levadas em consideração no cenário, mas que não foram discutidas as prováveis medidas de expansão fiscal no governo de Donald Trump, devido a elevada incerteza sobre sua composição. Trump prometeu reduzir impostos e aumentar gastos em infraestrutura, mas ainda não apresentou um projeto detalhado com essas medidas.

Mundo crescendo mais e Fed vendendo títulos

Yellen também avaliou que a economia global se encontra em um patamar mais favorável atualmente, fazendo com que os riscos externos ao cenário da economia americana estejam mais balanceados. Por fim, citou que os membros discutiram a possibilidade de mudança na composição do balanço do Fed nesta reunião, mas nenhuma decisão foi tomada e devem continuar a discussão nas próximas reuniões.

O banco central americano tem um valor investido em papéis do Tesouro e títulos do mercado de mais de US$ 4 trilhões, resultado das políticas de incentivo e liquidez para o mercado desde a crise de 2008. Diretores do Fed defendem que esse saldo deveria ser reduzido gradualmente, com vendas de papéis, para que o Fed possa no futuro ter espaço para atuar novamente injetando dinheiro nos mercados comprando papéis novos.

Mais dois aumentos e mudanças no Fed

Para a MCM, o comunicado e as projeções do Fed vieram em linha com o esperado, e não houve uma sinalização mais contundente acerca dos próximos aumentos de juros, que devem continuar dependente dos dados da economia no dia a dia. As mudanças no comunicado mostram uma evolução do cenário e foram um ajuste para refletir que a inflação já se encontra próxima dos 2% e deve estabilizar em torno deste patamar. “Com isso, mantemos a expectativa de que devem ocorrer mais dois aumentos de juros este ano”, acredita a MCM. Ainda há muita incerteza sobre o cenário para os próximos anos, que deve ser melhor avaliado com as definições na política fiscal e as nomeações que Trump deve fazer ao Fed, destaca a consultoria.

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