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Freedom Caucus no sapato de Trump

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A articulação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falhou em seu primeiro e importante teste no Congresso. Convicto em desmantelar o Obamacare no dia de seu sétimo aniversário, Trump tentou fazer algumas alterações de última hora no texto, mas não conseguiu alcançar os votos necessários de parlamentares de seu próprio partido para aprovar a nova legislação da saúde.

A votação, marcada para a noite desta quinta-feira, teve de ser adiada indefinidamente, podendo azedar o humor dos investidores/operadores no mercado. A nova lei da saúde é vista como um teste crucial das habilidades de articulação de Trump com o Congresso para conseguir implementar suas promessas de campanha, principalmente a tão aguardada reforma tributária (com forte redução de impostos) e investimentos pesados em infra-estrutura.

O grupo ultraconservador da Câmara dos Representantes, conhecido como Freedom Caucus, é a pedra no sapato de Trump. Com cerca de 30 congressistas, o Freedom Caucus é considerado a ala mais radical do Partido Republicano e se posiciona contra as propostas de Trump para a nova lei da saúde por considerá-las brandas demais. O problema é que, se o presidente dos Estados Unidos atender as exigências rigorosas do Freedom Caucus, certamente perderá apoio da ala mais moderada (Tuesday Group) do Partido Republicano.

Trump precisa de 216 votos dos 435 congressistas na Câmara para aprovar a nova lei e partir para a mesma batalha no Senado. Com a oposição Democrata já posicionada para votar unida para defender o Obamacare, se apenas 22 republicanos votarem junto com os democratas (ou seja, contra as mudanças), Trump será derrotado.

O levantamento feito pelo New York Times nesta quinta-feira aponta que 33 dos 237 deputados republicanos ainda são contra o texto para mudança da lei da saúde. Já a conta feita pelo Washington Post mostra que 37 republicanos são contra as mudanças defendidas por Trump.

O peso vem justamente do Freedom Caucus, pois o grupo costuma votar unido na Câmara dos Representantes. Se Trump convencer a ala mais radical de seu partido, conseguirá derrubar o Obamacare e cumprir sua principal promessa de campanha.

Apesar do adiamento da votação, as circunstâncias não estão tão desfavoráveis ao presidente dos Estados Unidos. Mark Meadows, presidente do Freedom Caucus, disse que houve progressos nas negociações, sinalizando que um acordo pode estar próximo.

O índice S&P500 fechou o dia de lado, após ensaiar uma retomada durante o pregão que não se sustentou em função do adiamento da votação na Câmara dos Representantes. Apesar de o jogo estar aberto, o mercado segue vendido no curtíssimo prazo, sem apresentar novidade.

SPX

No Brasil, o índice Bovespa (BOV:IBOV) também fechou o pregão de lado, vendido no curto prazo, sem apresentar novidade.

Ibovespa

Na Europa, destaque para a forte demanda das instituições financeiras ao programa TLTRO (Operações de Refinanciamento Direcionadas de Longo Prazo, com taxa de juro zero). O BCE (Banco Central Europeu) concedeu um total de 233,5 bilhões de euros, marcando a maior quantia líquida desde a criação do programa.

Os bancos entraram forte na TLTRO por temerem que as condições para a autoridade monetária continuar tocando seus agressivos programas de estímulos monetários estão cada vez mais restritas. O BCE já acumula saldo de impressionantes 2,28 trilhões de euros em compras de ativos no mercado, possivelmente indo além do seu limite.

Nesta quinta-feira, Mario Draghi, presidente do BCE, fez uma afirmação pouco usual ao insinuar que está terminando o prazo para os bancos colocarem a casa em ordem. Excessos de capacidade, ineficiência e “ativos de legado” (possivelmente podres) são fatores que contribuem para a baixa lucratividade dos bancos. Segundo Draghi, está chegando o momento de os bancos encontrarem respostas aos seus próprios desafios.

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