A solicitação da CVM para que a Petrobras republique os balanços publicados entre 2013 e 2015 com mudanças na contabilização das operações de hedge pode fazer com que a estatal apresente lucro líquido em 2016 e, portanto, distribua dividendos aos acionistas preferenciais (BOV:PETR4), avalia a Itaú Corretora em uma nota enviada a clientes.

“Se a recomendação da CVM prevalecer e a Petrobras não puder mais utilizar a contabilidade de hedge, provavelmente a empresa deverá reportar lucros referentes a 2016, levando a pagamento de dividendos, o que deve ampliar o spread entre as ações PN e ON. Se a recomendação da CVM não prevalecer, a Petrobras não deve distribuir dividendos referentes ao ano fiscal 2016”, explica a corretora.

O Itaú lembra que a contabilidade foi adotada em 2013 para reduzir os efeitos da variação do câmbio no lucro líquido. A recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado), equivalente à compra, foi reiterada. O preço justo de R$ 22,50 para o final de 2017 para os papéis preferenciais foi mantido.