Desde que se tornou CEO em 31 de maio do ano passado, Paulo Caffarelli causou uma boa impressão no mercado. Rapidamente anunciou uma reestruturação operacional gigantesca e as ações do Banco do Brasil (BOV:BBAS3) voltaram a subir. Para se ter uma ideia, desde que tomou posse os papéis já acumulam uma valorização de 102% e isso sem contar o efeito positivo a partir de o seu nome ter sido cogitado. O Ibovespa (BOV:IBOV) subiu 34% no mesmo período.

Na quinta-feira (2), o executivo renovou a sua credibilidade ao se encontrar com um grupo de analistas do sell-side, ou seja, de bancos e corretoras. A reunião parece ter sido um sucesso.

“Nós admitimos ter saído com uma excelente impressão de nosso recente encontro”, explicam os analistas Eduardo Rosman e Thiago Kapulskis do BTG Pactual, que já admiravam o trabalho conduzido por Caffarelli. Segundo eles, a mensagem passada pelo banco foi alta e clara: “Rentabilidade, e não participação do mercado, é o principal objetivo”.

A frase soou como música para os presentes. Isso porque o BB tem uma rentabilidade historicamente inferior aos concorrentes privados. É esse o ponto que pretende ser atacado daqui adiante. Não poderia ser melhor, argumenta o BTG. “Enquanto nós ainda temos uma recomendação neutra para a ação, o nosso viés tem sido positivo por um bom tempo. E, depois da reunião, não poderíamos fazer diferente a não nos tornamos mais construtivos sobre o caso de investimento”, dizem Rosman e Kapulskis.