No período acumulado entre os meses de Janeiro e Março de 2017, a entrada de dólares na economia brasileira supera a saída de recursos em US$ 1,969 bilhão. Esse saldo é resultado de um ingresso total de US$ 179,848 bilhões e de uma retirada total de US$ 177,879 bilhões ao longo de sessenta e três dias úteis.

Este fluxo cambial positivo de US$ 1,969 bilhão registrado no Brasil nos três primeiros meses do ano é 119,01% melhor que o registrado no mesmo período do ano anterior. Nos três primeiros meses de 2016, o fluxo cambial brasileiro ficou negativo em US$ 10,362 bilhões, resultado de um saldo comercial positivo de US$ 7,028 bilhões e de um saldo financeiro negativo de US$ 17,390 bilhões. Já no acumulado de 2017, o saldo comercial encontra-se positivo em US$ 14,181 bilhões, enquanto que o saldo financeiro está negativo em US$ 12,212 bilhões.

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A forte melhora no saldo comercial entre Janeiro e Março de 2017 (101,79%) decorreu, principalmente, do aumento nas exportações (25,97%) entre os tr6es primeiros meses de 2016 (US$ 37,241 bilhões) e o mesmo período de 2017 (US$ 46,911 bilhões). As importações, por sua vez, também aumentaram na comparação entre os dois períodos (8,33%), de US$ 30,213 bilhões entre Janeiro e Março de 2016 para US$ 32,729 bilhões em entre Janeiro e Março de 2017.

Já o saldo financeiro apresentou grande melhora (29,78%) entre Janeiro-Março de 2016 e 2017. A entrada de recursos no país através da compra de ativos financeiros brasileiros subiu 23,67% entre os três meses iniciais de 2016 (US$ 107,497 bilhões) e os três primeiros meses de 2017 (US$ 132,938 bilhões). Já a saída de recursos em decorrência da venda de ativos financeiros nacionais também subiu (16,22%): de US$ 124,887 bilhões em 2016 para US$ 145,149 bilhões em 2017.

Cálculo do Fluxo Cambial

O cálculo do fluxo cambial brasileiro, saldo entre a entrada e a saída de dólares do país, é composto por dois tipos de contas: a conta comercial, na qual são fechados os contratos de câmbio para operações de exportação e importação, e a conta financeira, que inclui as demais operações de câmbio, como os investimentos estrangeiros diretos, os recursos para aplicações financeiras, as remessas de lucros e dividendos e os empréstimos tomados no exterior.