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IPCA-15 sobe 0,21% em abril, menor desde 2006, e acumula 4,41% em 12 meses, abaixo da meta

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que serve de prévia da inflação oficial usada pelo Banco Central em seu regime de metas, teve variação de 0,21% em abril e ficou acima da taxa de 0,15% de março em 0,06 ponto percentual. Desde 2006, quando o índice ficou em 0,17%, não há registro de índice mais baixo para os meses de abril. A projeção do mercado era de uma alta de 0,27% no mês e 4,48% em 12 meses.

Com isto o resultado no ano foi para 1,22%, bem abaixo do que os 3,32% referentes ao mesmo período do ano anterior, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 é calculado de 16 de um mês a 15 do mês de referência, e acaba servindo de prévia para o IPCA, que coleta os preços no mês fechado.

Em relação aos últimos doze meses, o índice desceu para 4,41%, abaixo dos 4,73% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, constituindo-se na menor variação acumulada em períodos de 12 meses desde janeiro de 2010 (4,31%). Em abril de 2016, a taxa foi 0,51%. A variação anual está abaixo da meta do Banco Central, de 4,5% ao ano, o que deve se repetir no IPCA de abril, a ser divulgado em maio, e que pega os preços até dia 30 do mês.

Os dados confirmam a desaceleração da inflação e reforçam o cenário de queda mais acentuada dos juros básicos pelo BC, hoje de 11,25% ao ano. A expectativa é de que, no fim de maio, a taxa seja reduzida em mais 1 ponto percentual, como em abril, ou até em 1,25%.

Alimentação e Saúde e Cuidados puxaram a inflação

No mês, os grupos Alimentação e Bebidas, com 0,31% de variação e impacto de 0,08 ponto percentual no índice geral, aliado a Saúde e Cuidados Pessoais, com 0,91% e 0,10 ponto, que, juntos, somam 0,18 ponto, foram os principais responsáveis pelo resultado do IPCA-15. A tabela a seguir mostra os resultados de todos os grupos de produtos e serviços pesquisados.

Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Março
Abril
Março
Abril
Índice Geral
0,15
0,21
0,15
0,21
Alimentação e Bebidas
-0,08
0,31
-0,02
0,08
Habitação
0,64
0,39
0,10
0,06
Artigos de Residência
-0,30
-0,43
-0,01
-0,02
Vestuário
-0,02
0,44
0,00
0,03
Transportes
-0,16
-0,44
-0,03
-0,08
Saúde e Cuidados Pessoais
0,48
0,91
0,05
0,10
Despesas Pessoais
0,30
0,23
0,03
0,02
Educação
0,87
0,14
0,04
0,01
Comunicação
-0,31
0,18
-0,01
0,01

Tomate, de novo o vilão

Nos alimentos (0,31%), o tomate, 30,79% mais caro, se destaca na liderança no ranking dos maiores impactos no índice. Além dele, outros produtos passaram a custar mais de março para abril, a exemplo da batata-inglesa (11,63%), dos ovos (5,50%) e do leite longa vida (1,49%).

Em Saúde e Cuidados Pessoais (0,91%), grupo que mostrou a mais elevada variação, os remédios sobressaem com alta de 0,86%, refletindo parte do reajuste anual, que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo do medicamento. Plano de saúde (1,07%), artigos de higiene pessoal (0,92%) e serviços médicos e dentários (0,89%) também exerceram influência sobre o resultado.

Botijão de gás mais caro

No grupo Habitação (0,39%) o botijão de gás ficou 3,16% mais caro, enquanto as contas de energia elétrica (0,00%) não mostraram variação em relação ao mês anterior. Isto porque, apesar do reflexo de parte do desconto referente ao Encargo de Energia de Reserva – EER, as contas de energia refletiram, também, a introdução das bandeiras amarela e vermelha, em vigor a partir de primeiro de março e primeiro de abril, respectivamente. Além disso, junto com movimentos nas parcelas referentes ao PIS/COFINS em todas as regiões pesquisadas, foi apropriada parte de reajuste ocorrido nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro e redução em outra.

Entre os demais grupos destacam-se as quedas registradas nos Artigos de Residência (-0,43%) e Transportes (-0,44%). Em relação ao grupo Transportes (-0,44%), apesar da alta de 15,32% nas passagens aéreas, o resultado foi influenciado pela queda nos preços dos combustíveis (-2,77%), sendo que o litro da gasolina ficou 2,24% mais barato e o litro do etanol atingiu queda de 5,48%.

Recife, campeã da inflação

Quanto aos índices regionais, a região metropolitana de Recife apresentou o maior resultado (0,53%) em razão da alta registrada na gasolina, 5,03%. O índice mais baixo foi o da região metropolitana de Belo Horizonte (-0,07%), onde os combustíveis tiveram variação de -3,32%.

Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Janeiro
Fevereiro
Trimestre
12 meses
Recife
5,05
0,06
0,53
1,48
5,17
Rio de Janeiro
12,46
0,20
0,51
1,95
5,14
Brasília
3,46
-0,08
0,42
1,24
4,57
Goiânia
4,44
-0,17
0,39
0,43
2,75
Porto Alegre
8,40
0,08
0,35
1,01
4,05
São Paulo
31,68
0,27
0,17
1,08
4,40
Salvador
7,35
-0,07
0,11
1,52
4,84
Fortaleza
3,49
0,57
0,07
1,88
6,32
Curitiba
7,79
0,37
0,06
0,96
2,99
Belém
4,65
0,15
-0,03
0,94
4,26
Belo Horizonte
11,23
-0,07
-0,07
1,00
4,45
Brasil
100,00
0,15
0,21
1,22
4,41

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 15 de março a 12 de abril de 2017 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de fevereiro a 14 de março de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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