Juro no Brasil está chegando na borda da política expansionista, diz Goldman Sachs

A inflação oficial de março, a menor para o mês desde 2012, abre caminho para que o Banco Central acelere os cortes da Selic para o ritmo de 1 ponto percentual nos próximos dois encontros do Copom marcados para o próximo dia 12 e 31 de maio. Esta é a avaliação do banco Goldman Sachs, vista em um relatório enviado hoje (7).

Para o economista-chefe para América Latina, Alberto Ramos, este cenário leva a crer que o juro, hoje a 12,25% ao ano, encerre 2017 a 8,75%. O nível, ressalta ele, é importante pois pode estar justamente na “sobreposição da fronteira final da política neutra com a fronteira inicial da expansionista”, explica.

Ramos entende que o afrouxamento monetário pode ir ainda mais longe a partir deste ponto. “Níveis mais baixos da taxa de juros são possíveis, particularmente se a recuperação esperada demorar ainda mais e se tornar muito anêmica, e a inflação continuar a surpreender no lado negativo”, destaca.