A Natura precisaria de uma nova oferta de ações para arrecadar recursos suficientes para comprar a The Body Shop da L’Oreal, avalia o Itaú BBA em um relatório enviado a clientes e assinado pelo analista Thiago Macruz.

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O banco atualizou o modelo para incorporar os resultados do último trimestre de 2016, a novas estimativas macroeconômicas e o menor custo de capital. A recomendação foi mantida em underperform (desempenho abaixo da média do mercado) e preço justo elevado de R$ 26,80 para R$ 31.

Negociações

Segundo fontes ouvidas pelo Estadão, o negócio tem aderência à estratégia da Natura – a começar pela proposta sustentável, um dos principais ativos da marca brasileira. Mais do que isso, a compra da The Body Shop representaria uma aposta definitiva da companhia na estratégia multicanal.

A reportagem cita uma fonte que vê o preço de € 800 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões) como um valor possível para a Natura por conta do nível de endividamento baixo, de cerca de 1,5 vez o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações).

Macruz vê a compra da empresa com “sentimentos mistos”, pois implicaria em “um complexo projeto de reviravolta envolvendo alavancagem e oferta de ações da Natura para financiar a operação”, explica.