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Comércio Varejista no Brasil: Cinco atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram retração anual em Março de 2017

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Na comparação com igual março de 2016, o volume de vendas do comércio varejista recuou 4,0%. Dentre as atividades do varejo, cinco registraram variações negativas. Por ordem de contribuição à taxa global, são elas: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-8,7%), seguido por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,3%); Combustíveis e lubrificantes (-2,4%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,4%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,8%). As atividades com desempenho positivo, em relação o mesmo mês do ano anterior, foram Móveis e eletrodomésticos (10,5%); Tecidos, vestuário e calçados (11,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (5,7%).

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com queda de -8,7% no volume de vendas sobre igual mês do ano anterior, exerceu a primeira contribuição negativa na formação da taxa global do comércio varejista. Em termos de resultados acumulados, a atividade apresentou variação no ano de -3,1% e nos últimos 12 meses de -3,2%. Este setor, além de ser influenciado diretamente pela massa de rendimento médio real habitual dos trabalhadores e da taxa de desocupação, este ano sofreu também o chamado efeito base. As vendas em março de 2016 foram superiores as de março de 2017, devido a comemoração da Páscoa, que reflete na maior venda de chocolates no período. Em 2017 esta comemoração foi no mês de abril.

O setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, joalherias, artigos esportivos e brinquedos, com queda de -5,3% frente a março de 2016, registrou a segunda maior contribuição negativa na formação da taxa do volume de vendas, sendo esse o 20º mês seguido de taxas negativas nesse tipo de comparação. A taxa acumulada nos três primeiros meses do ano foi de -5,3% e, para os últimos 12 meses foi de -7,8%.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com -2,4% de variação do volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior, foi responsável pelo terceiro maior impacto negativo na formação do resultado global. Esta atividade vem apresentando queda desde janeiro de 2015, mesmo com os preços do setor em trajetória declinante. No acumulado em 12 meses, os preços encontram-se abaixo da média geral do setor (-2,6% frente a 4,6% do índice geral, segundo IPCA). No acumulado do ano a taxa deste segmento foi de -5,6% e nos últimos 12 meses o decréscimo foi de 8,3%.

A atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com queda de -12,4% no volume de vendas em comparação com igual mês do ano anterior, registrou o 21º recuo consecutivo nessa comparação. Em relação aos resultados acumulados, observou-se taxa de -11,2% nos três primeiros meses do ano e recuo de 10,8% nos últimos doze meses. Esta atividade sofre influência do comportamento da massa de rendimento habitual real da população e da taxa de desocupação dos trabalhadores.

O volume de vendas do segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticosapresentou queda de 1,8% em relação a março de 2016. Vale destacar que, embora com caráter de uso essencial, este setor registrou, em março de 2017, a 12ª taxa negativa consecutiva, mantendo-se em trajetória descendente desde abril de 2016, período que inicia os reajustes dos preços do setor. Os preços dos produtos farmacêuticos, segundo o IPCA, em 12 meses subiram 12,8% contra 4,6% do índice geral. A taxa acumulada no trimestre foi de -2,9% e a em 12 meses foi de -3,4%.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos registrou variação de 10,5% no volume de vendas em relação a março do ano passado, sendo o maior impacto positivo na taxa global do varejo. Este resultado sofreu influência da variação dos preços do item mobiliário: segundo o IPCA, a taxa acumulada em 12 meses era de 7,8% em março de 2016, passando para -0,6% em março de 2017. Os resultados da atividade em termos de acumulados nos três primeiros meses do ano e nos últimos 12 meses foram de 3,0% e -7,8%, respectivamente.

O grupamento de Tecidos, vestuário e calçados avançou 11,7% na comparação com março de 2016, mantendo-se positivo pelo segundo mês consecutivo, após registrar desde dezembro de 2014. A taxa acumulada no ano foi de 4,7% e para os últimos 12 meses foi de -7,4%. O resultado positivo desta atividade sofreu influência dos preços dos artigos de vestuário, que, em 12 meses, subiram 2,2% contra 4,6% do índice geral (segundo o IPCA) e das promoções de queima de estoque do verão.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação no volume de vendas de 5,7% sobre março de 2016, interrompendo os resultados negativos de 37 meses consecutivos. Porém, as taxas acumulada no ano e em 12 meses continuam maiores que a média global para o varejo: -5,0% e -13,2%, respectivamente.

comércio varejista ampliado registrou, para o volume de vendas, uma variação de -2,7% sobre março de 2016. As taxas acumuladas foram de -2,5% no ano e de -7,1% nos 12 meses. Esse comportamento ocorre, principalmente, em função do desempenho negativo de Veículos, motos, partes e peças, com resultado interanual de -6,1%, enquanto o segmento de Material de construção registrou aumento de 9,4%.

Entenda a Pesquisa Mensal do Comércio

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor varejista brasileiro.

Iniciada em janeiro de 1995, a pesquisa cobre todo o território nacional e é divulgada mensalmente, após coleta de dados em mais de 5.700 empresas comerciais, selecionadas a partir do cadastro das empresas com vinte ou mais pessoas ocupadas (assalariadas e não assalariadas).

A PMC abrange dez grupos de atividades: combustíveis e lubrificantes; supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; tecidos, vestuário e calçados; móveis e eletrodomésticos; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; equipamentos e materiais para escritório, informática e de comunicação; livros, jornais, revistas e papelaria; outros artigos de uso pessoal e doméstico; veículos e motocicletas, partes e peças; e materiais de construção. Os oito primeiros segmentos listados têm receitas geradas predominantemente na atividade varejista. Já os dois últimos (veículos e motos, partes e peças e materiais de construção), englobam varejo e atacado.

Para realização da pesquisa, o IBGE coleta dados sobre a receita bruta mensal das empresas, proveniente da revenda de mercadorias, não deduzidos os impostos incidentes e nem as vendas canceladas, abatimentos e descontos incondicionais. Também não estão incluídas as receitas financeiras e não-operacionais. A partir da receita bruta de revenda investigada são construídos indicadores para duas variáveis: Receita Nominal de Vendas e Volume de Vendas.

Clique aqui para saber mais detalhes sobre a Pesquisa Mensal do Comércio realizada em março de 2017.

 

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