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Ibovespa sobe 1,7% e dólar e juros caem em dia de ajuste; mercado revê projeção para Copom

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O Índice Bovespa (BOV:IBOV) encerrou o dia em alta de 1,69%, aos 62.639 pontos, depois de ter chegado aos 63.488 pontos, em alta de 3%, com investidores aproveitando as barganhas provocadas pelo pânico provocado pela crise política. As denúncias contra o presidente Michel Temer, de que ele teria tentando ajudar a comprar o silêncio de Eduardo Cunha, conforme delação premiada dos donos da JBS, ainda tinham repercussão hoje.

Mas a divulgação ontem à noite dos áudios das gravações feitas por Joesley Batista deixaram dúvidas sobre seu poder para derrubar o presidente. A expectativa de que Temer terá uma sobrevida, mas seguirá agora enfraquecido e ameaçado, o que comprometeria as reformas, e a incerteza sobre como se daria sua substituição, devem pesar sobre o mercado ainda por várias semanas.

Dólar cai 3,92%

O dólar comercial, por sua vez, recuou 3,92%, para R$ 3,257 para venda, após o Banco Central (BC) realizar um leilão de swap cambial. O dólar turismo, das viagens e cartões, caiu 0,28%, para R$ 3,50.  O BC vendeu 40 mil contratos, no valor de US$ 2 bilhões, e mais 8 mil relativos à rolagem de junho, no valor de R$ 400 milhões.

Já no mercado de juros futuros, as taxas recuaram, diante da expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) ainda poderá reduzir os juros, mesmo com a crise política, como demonstrou hoje o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. A oscilação fez o Tesouro Direto suspender os negócios pela manhã e voltar a operar somente às 15h30. Os papéis voltaram com taxas mais baixas, como as NTN-B, corrigidas pela inflação, e que pagavam, à tarde, 5,69% ao ano mais IPCA, para 6% no período da manhã. Antes da crise, esses papéis estavam perto de 5% ao ano.

Redução dos juros no Copom

O mercado agora projeta 60% de chance de um corte de 0,75 ponto percentual na reunião do Copom dos dias 30 e 31 de maio, diz Pablo Stipanicic Spyer, diretor de Operações da Mirae Corretora. Outros 40% apontam para um corte de 1%. Hoje a taxa básica Selic está em 11,25% ao ano.

O contrato mais curto de DI futuro na B3, para dezembro de 2018, caiu abaixo dos 10% novamente, para 9,70%, em baixa de 0,375 ponto. Para 2019, a taxa fechou em 10%, queda de 0,41 ponto. E, para 2021, a taxa fechou em 11,21%, 0,18 ponto percentual de queda.

Risco-Brasil cai, mas segue bem acima de quarta-feira

O risco-Brasil, medido pelos Credit Swap Defaults (CDS) negociados no exterior caiu 4,58%, para 3,75 pontos percentuais. Antes da crise política, esse risco era de 1,9 ponto, um dos mais baixos desde o começo de 2015.  O ouro, cotado em dólares, recuou 2,31%, para R$ 130,00 o grama na B3.

Gerdau lidera altas com 12%

As maiores altas do Índice Bovespa foram de Gerdau Metalúrgia PN, 12,18%, Estácio Particpações ON, 8,94%, Smiles ON, 8,60% e Ecorodovias ON, 7,38%. Já as maiores quedas foram de Tim Participações ON, 3%, Embraer ON, 1,62%, BRF ON, 1,20% e Braskem PNA, 1,07%.

Papéis importantes também se recuperaram. Itaú Unibanco PN subiu 2,60%, Petrobras PN, 3,57%, Vale PNA, 0,63% e Bradesco PN, 1,65%. Uma recuperação discreta diante da queda de mais de 10% ontem, com exceção da Vale, que por ser exportadora ficou estável.

Novas complicações no caso Trump-Rússia

No exterior, onde o Brasil é destaque nos jornais pelas revelações de pagamentos de milhões em propinas para políticos, as atenções estão voltadas para outro escândalo, envolvendo o presidente Donald Trump e suas ligações com os russos. Depois de uma melhora nos dois últimos dias após Trump negar qualquer ação para atrapalhar as investigações do FBI, a polícia federal americana, e o Congresso nomear um ex-chefe linha dura do FBI para acompanhar as investigações, o clima voltou a ficar tenso.

O jornal Washington Posto publicou reportagem hoje à tarde, afirmando que as investigações sobre os contatos da campanha de Trump com representantes russos teria identificado um importante conselheiro do presidente como especialmente envolvido no caso. Trump havia deixado o país poucas horas antes da publicação da reportagem para sua primeira viagem internacional, que inclui visitas a países do Oriente Médio e Europa. Hoje também o jornal The New York Times revelou que o presidente teria declarado a representantes da Rússia durante reunião no Salão Oval da Casa Branca que a demissão do diretor do FBI James Comey, que investigava as ligações da campanha com os russos, aliviou “uma grande pressão” sobre ele.

Hoje, as bolsas na Europa fecharam em alta, com o Índice Stoxx 50 subindo 0,70%. O Financial Times, de Londres, ganhou 0,46%, o DAX, de Frankfurt, 0,39%, e o CAC, de Paris, 0,66%.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones subiu 0,69%, o Standard & Poor’s 500, 0,68% e o Nasdaq, 0,47%.

Petróleo sobe mais de 2%

O petróleo subiu hoje, ajudando na recuperação das bolsas, com o barril do tipo WTI, negociado em Nova York, ganhando 2,39%, para US$ 50,53, e o Brent, de Londres, 2,49%, para US$ 53,82. O petróleo sobe diante da expectativa de que os integrantes da Organização dos  Países Exportadores de Petróleo (Opep) vão definir a prorrogação da redução de produção até o fim deste ano, segundo a Bloomberg. Eles se reúnem em Viena no próximo dia 25.

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