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IPP: Apenas 13 das 24 atividades industriais brasileiras apresentaram aumento de preços em Abril de 2017

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Em abril de 2017, apenas treze das vinte e quatro atividades industriais avaliadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para elaboração do Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentaram variações positivas de preços em relação ao mês imediatamente anterior.

As quatro maiores variações se deram nas seguintes atividades industriais: refino de petróleo e produtos de álcool (-2,85%), impressão (-1,94%), minerais não-metálicos (-1,93%) e madeira (1,73%). As maiores influências sobre índice do mês, ainda em relação a março/2017, foram refino de petróleo e produtos de álcool (-0,29 ponto percentual), alimentos (-0,07 ponto percentual), indústrias extrativas (0,06 ponto percentual) e outros produtos químicos (0,06 ponto percentual).

Clique aqui para saber mais detalhes sobre a performance do IPP em abril de 2017.

Entre as atividades que, no indicador acumulado no ano (comparação de abril de 2017 contra dezembro de 2016), tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: metalurgia (7,50%), minerais não-metálicos (-6,33%), alimentos (-4,73%) e outros produtos químicos (3,83%). Já os setores de maior influência foram: alimentos (-1,01 ponto percentual), metalurgia (0,55 ponto percentual), outros produtos químicos (0,35 ponto percentual) e refino de petróleo e produtos de álcool (-0,21 ponto percentual).

Na análise do indicador acumulado nos últimos doze meses, as quatro maiores variações foram em indústrias extrativas (33,20%), metalurgia (15,26%), minerais não-metálicos (-10,64%) e outros equipamentos de transporte (-7,60%). Os setores de maior influência foram: metalurgia (1,08 ponto percentual), indústrias extrativas (0,96 ponto percentual), alimentos (0,69 ponto percentual) e veículos automotores (0,47 ponto percentual).

A seguir são analisados 6 setores que, em abril 2017, encontravam-se entre os 4 principais destaques em pelo menos um dos seguintes critérios: maiores variações de preços e maiores influências, nas três comparações e nas principais ponderações.

Indústrias extrativas: 1,72%, dando sequência à alta do mês anterior. Em relação a março, os preços do setor tiveram influência de 0,06 p.p. sobre o resultado das indústrias extrativas e de transformação (-0,12%). No ano, as indústrias extrativas acumularam alta de 1,94%.

Na comparação com abril de 2016, os preços das indústrias extrativas tiveram a maior variação (33,20%) entre todas as atividades e exerceram a segunda maior influência sobre a indústria geral (0,96 p.p. em 3,05%).

Entre os produtos das atividades extrativas, os preços dos minérios de ferro subiram nas três comparações. Já os óleos brutos de petróleo tiveram influência negativa sobre as variações mensal e acumulada no ano da atividade.

Alimentos: -0,35%, com o quarto recuo consecutivo. no mês de abril. Ao longo da série, houve outros quatro momentos em que ocorreram pelo menos quatro quedas consecutivas de preços: março de 2010 a junho de 2010 (com recuo total no período de -4,24%); fevereiro de 2011 a junho de 2011 (-5,28%); novembro de 2011 a fevereiro de 2012 (-1,84%); e março de 2014 a julho de 2014 (-1,96%). Assim, a variação acumulada do primeiro quadrimestre de 2017 (-4,73%) foi a segunda maior queda (perde para o período de cinco meses observado em 2011). Estes períodos foram momentos de apreciação do real: de 6,6% entre fevereiro e julho de 2011 e de 6,4% nos quatro primeiros meses de 2017.

Na comparação com abril de 2016, os preços de abril do ano corrente estiveram 3,39% maiores. Em termos de número-índice, o de abril, 119,68, se aproxima ao de maio de 2016, 118,95, sendo que, entre os dois, está o maior número-índice da série, o de dezembro de 2016, 125,52. De todo modo, o número-índice de abril é 26,03% maior que a média da série de números-índices, 93,31.

Refino de petróleo e produtos de álcool: em abril, os preços do setor recuaram pelo terceiro mês consecutivo, no caso em -2,85%, que é a terceira menor taxa da série (a menor foi a de março de 2017, -3,25%). Depois dessa série de variações negativas, o acumulado inverteu de um resultado positivo em março, 0,80%, para -2,07%. Por fim, foi de 0,91% a variação de abril de 2017 contra abril de 2016, a menor do ano.

No caso dos produtos destacados, houve apenas um positivo entre os de maior variação (“óleos lubrificantes básicos”) e um positivo entre os de maior influência (“GLP”), produtos esses que não figuram entre os de maior contribuição no cálculo do índice. Os demais produtos destacados influenciaram negativamente o índice (-2,87 p.p. em -2,85%).

O setor apareceu como destaque em termos de variação, no M/M-1 — sendo a maior variação entre todas as indústrias que compõem o indicador (-2,85% frente a -0,12% das indústrias extrativas e de transformação) —, e, em termos de influência, como a maior no M/M-1 (-0,29 p.p. em -0,12%) e a quarta maior no acumulado (-0,21 p.p. em -0,20%).

Outros produtos químicos: a indústria química registrou no mês de abril uma variação positiva de preços de 0,66% em relação ao mês de março (sétima variação positiva nos últimos oito meses, neste tipo de comparação), o que gerou uma variação acumulada de preços no ano de 3,83% e de 0,07% em 12 meses. Para ressaltar que a base de comparação dos preços estava em patamares baixos, pode-se verificar que, em termos de variação acumulada de preços, em relação a dezembro de 2013, a atividade alcançou 3,48%, valor bem distante do pico alcançado em outubro de 2015 que foi de 17,48%.

Um ponto a ser destacado é que as principais variações ocorreram em produtos que não fazem parte dos que apresentam o maior peso de cálculo, o que não ocorre naqueles de maior influência, entre os quais apenas “adubos e fertilizantes à base de NPK” e “herbicidas para agricultura” não foram destaques nesta situação.

O cenário da indústria química, especialmente dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras é ligado aos valores internacionais, aos custos associados à energia elétrica, à compra de matérias-primas importadas, à cotação do dólar (depreciação da moeda americana frente ao real de 12,0% nos últimos 12 meses) e aos preços da nafta, produto com significativa queda de preços em abril, mas com elevação no acumulado do ano e na comparação abril de 2017 contra abril de 2016, o que também explica em parte a recuperação dos preços que está ocorrendo na atividade.

Interessante ressaltar que para os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior, dois tiveram variações positivas de preços e os outros dois apresentaram resultados negativos. Disso resultou uma anulação de influências, ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com os 0,66 p.p. da variação no mês.

Metalurgia: 0,31%, sexto aumento de preços consecutivo. Desta forma, o setor acumulou altas de 7,50% no ano e de 15,26% nos últimos 12 meses. Interessante reparar que, há um ano, o setor metalúrgico apresentava a maior queda de preços neste tipo de comparação desde agosto de 2011 e agora este valor é a maior variação positiva desde o início do IPP (janeiro de 2010).

Em relação a março, os produtos que mais influenciaram os resultados no mês são três dos quatro produtos de maior peso na atividade: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço ao carbono”, “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidas” e “alumínio não ligado em formas brutas”, os dois primeiros com influência negativa e o terceiro com influência positiva. Além destes produtos, também é destaque “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras”, com variação e influência negativas.

O comportamento do setor é influenciado pela combinação dos resultados dos grupos siderúrgicos (ligado aos produtos de aço) e do grupo de materiais não ferrosos (cobre e alumínio).

Veículos automotores: 0,55%, nona variação positiva consecutiva da atividade, que vem exibindo resultados positivos em relação ao mês anterior desde agosto de 2016. Com isso, a variação acumulada no ano alcançou 1,40%. Em abril de 2016, o acumulado era de 0,92%. Nos últimos 12 meses, o setor acumulou alta de 4,39%.

Além de ser um dos setores de maior peso no cálculo do indicador geral (atrás apenas do setor de alimentos), a atividade exerceu a quarta maior influência na variação acumulada nos últimos 12 meses (0,47 p.p. em 3,05%).

Entre os quatro produtos de maior influência na comparação com março, três deles tiveram impacto positivo no índice (“caixas de marcha para veículos automotores”, “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência” e “caminhão diesel com capacidade superior a 5t” – sendo estes dois últimos os produtos que apresentam os maiores pesos na atividade) e apenas um seguiu direção contrária, (“motores diesel e semi-diesel para ônibus e caminhões”). A influência desses quatro produtos foi de 0,50 p.p. em 0,55%, ou seja, os demais 21 produtos da atividade contribuíram com 0,05 p.p.

Em relação aos acumulados no ano e em 12 meses, os quatro produtos de maior influência foram os mesmos para ambos os índices: “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, “caminhão diesel com capacidade superior a 5t”, “chassis com motor para ônibus ou para caminhões” e “veículos para mercadorias a gasolina ou álcool capacidade menor de 5t”. Desses produtos, apenas os dois primeiros estão entre os quatro de maior peso no setor.

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