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Itaú: expectativa é de retomada do crédito no segundo semestre

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A carteira de crédito do Itaú (BOV:ITUB4) deve parar de cair em relação ao ano passado no segundo semestre, quando a concessão de novos empréstimos começar a superar os vencimentos. A expectativa é de Marcelo Kopel, diretor de relações com investidores do banco. “Ainda vemos redução da carteira de crédito neste trimestre, de 7,9% em 12 meses, mas o segundo semestre deve ter maior originação e devemos então começar a exceder o que temos na carteira”, disse, em entrevista após a divulgação dos dados. “Nosso ‘guidance’ (projeção) para o crédito no ano vai de -2% a +2% no Brasil, ou seja, ficaremos perto de zero, por isso esperamos que em algum momento deste ano vamos voltar a crescer e compensar a queda deste início de ano, para voltarmos ao nível do fim do ano passado”, disse.

Desaceleração na retração do crédito

Segundo ele, a contração da carteira de crédito para pessoas físicas e empresas já mostra uma desaceleração. “Se pegarmos o quarto trimestre de 2016 em relação ao de 2015, a queda foi de 2,5% e, agora, está em 2%”, diz. “Há uma aceleração no crédito e essa aceleração deve continuar ao longo do ano, zerando a perda”.

Kopel espera também uma melhora na qualidade do crédito e nos atrasos. Segundo ele, 2017 será ano de transição. “Pelas características econômicas, com a  economia retomando vemos dinâmica na margem financeira e na provisão”, disse.

Inadimplência em queda

O executivo cita a inadimplência, que cai no primeiro trimestre para pessoas físicas e pequenas e médias empresas. Para pessoas físicas, a inadimplência cai de 5,6% para 5,3% e pequenas empresas, de 5,8% para 5,6%. Já para grandes empresas, a inadimplência subiu de 1,3% para 1,6%. “Esperamos ter volatilidade no índice de inadimplência de empresas, especialmente as grandes”, afirmou Kopel. “Já vimos grupos econômicos indo para atraso mais longo, mas não está fora do que esperávamos, e estamos bem provisionados para fazer frente ao aumento.”

No caso das grandes empresas, o crescimento ocorre “por alguns casos de infraestrutura, que já tinha sido apurados, já tínhamos provisão, mas são casos bastante dinâmicos e avaliamos caso a caso”, disse.

O diretor lembrou que o primeiro trimestre sazonalmente é pior para pessoas físicas e jurídicas. “É um trimestre mais pressionado pelas obrigações de início de ano e por isso é esperado aumento de inadimplência de curto prazo”, diz.

Aumento de crédito

Segundo  ele, o banco detecta um crescimento no crédito neste inicio de ano no varejo, com pessoas físicas, em cartões e crédito imobiliário, e no segmento de pequenas empresas em capital de giro. Empresas médias também começam a demonstrar a mais empréstimos. “Nas empresas, a procura é ainda por linhas de curto prazo, mas esperamos que em breve isso passe para crédito mais longo”, diz.

Kopel espera que a dinâmica dos resultados do Itaú este ano será de algum crescimento, apesar da estabilidade da carteira de crédito. “É um ano de transição econômica, não tem crescimento no volumem médio da carteira de crédito, mas há outros elementos que ajudam no lucro do banco, como a queda na inadimplência e no custo de captação pela redução dos juros”, disse. Com isso, o retorno do banco deve “continuar flutuando nos níveis dos anos anteriores”, ou seja, em torno de 20%.

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