ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for default Cadastre-se gratuitamente para obter cotações em tempo real, gráficos interativos, fluxo de opções ao vivo e muito mais.

Na quarta reunião de 2017, Copom reduz Taxa Selic para 10,25% ao ano

LinkedIn

Pela sexta reunião consecutiva, o Banco Central (BC) resolveu reduzir os juros básicos da economia brasileira. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) diminuiu, nesta quarta-feira, 31 de Maio de 2017, a Taxa Selic de 11,25% para 10,25% ao ano. A decisão não surpreendeu os analistas, que já esperavam pela diminuição da taxa básica de juros em um ritmo tão intenso quanto o definido na reunião anterior, que culminou a com redução da taxa de 12,25% para 11,25% ao ano.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.

Em comunicado divulgado logo após o fim da reunião, o Copom destacou o cenário básico da economia atual, detalhado a seguir:

O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom permanece compatível com estabilização da economia brasileira no curto prazo e recuperação gradual ao longo do ano. A manutenção, por tempo prolongado, de níveis de incerteza elevados sobre a evolução do processo de reformas e ajustes na economia pode ter impacto negativo sobre a atividade econômica;

Até o momento, o cenário externo tem se mostrado favorável, na medida em que a atividade econômica global mais forte tem mitigado os efeitos de possíveis mudanças de política econômica nos países centrais;
 
O comportamento da inflação permanece favorável, com desinflação difundida inclusive nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. É necessário acompanhar possíveis impactos do aumento de incerteza sobre a trajetória prospectiva da inflação;
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram para em torno de 4,0% para 2017, situam-se ao redor de 4,4% para 2018 e encontram-se em torno de 4,25% para 2019 e horizontes mais distantes; e

No cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom encontram-se em torno de 4,0% para 2017 e 4,6% para 2018. Esse cenário supõe trajetória de juros que alcança 8,5% ao final de 2017 e 2018.

Ressalta-se que, neste momento, as projeções condicionais do Copom envolvem maior grau de incerteza.

O Comitê entende como fator de risco principal o aumento de incerteza sobre a velocidade do processo de reformas e ajustes na economia. Isso se dá tanto pela maior probabilidade de cenários que dificultem esse processo, quanto pela dificuldade de avaliação dos efeitos desses cenários sobre os determinantes da inflação.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros em um ponto percentual, para 10,25% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e, em maior grau, de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária.

O Copom ressalta que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá, dentre outros fatores, das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira. O Comitê entende que o aumento recente da incerteza associada à evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas. Essas estimativas continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo.

Em função do cenário básico e do atual balanço de riscos, o Copom entende que uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária em relação ao ritmo adotado hoje deve se mostrar adequada em sua próxima reunião. Naturalmente, o ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação.
Os juros básicos permaneceram estacionados em 14,25% por nove reuniões seguidas, entre julho de 2015 e outubro de 2016. Nas duas últimas reuniões do ano anterior, a Taxa Selic foi reduzida em 0,25 ponto percentual, para 14,00% ao ano em 19 de outubro e para 13,75% em 30 de novembro.
Na primeira reunião de 2017, o corte foi ampliado para 0,75%, estabelecendo os juros básicos em 13,00% ao ano. Na reunião seguinte, a segunda do ano, o corte de 0,75% foi mantido, fazendo com os juros alcançarem o patamar de 12,25% ao ano. Já na terceira reunião de 2017, o corte foi ampliado para um ponto percentual e Selic atingiu o patamar de 11,25%.
A Selic é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

Deixe um comentário