Maio deve ser um mês decisivo para os mercados, com o avanço ou não das reformas no Congresso, em especial a da Previdência, e a redução dos juros pelo Banco Central (BC), que podem cair para um dígito. O cenário político, porém, segue complicado, com os desdobramentos das denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF) da Operação Lava Jato.

No cenário externo, o mês também será decisivo, com a eleição na França podendo definir a continuidade ou não do euro, e o esforço de Donald Trump em aprovar ao menos parte de suas propostas de cortes de impostos e incentivos para empresas. A tensão entre EUA e Coreia do Norte também deve continuar.

E as corretoras refletiram um pouco desse ambiente ainda incerto, com algumas indicações vinculadas ao mercado interno e a uma eventual retomada da economia com a queda dos juros, como RaiaDrogasil, Iochpe-Maxion, Telefônica e bancos, e algumas indicações de proteção, como Klabin e Gerdau, que têm ganhos com o dólar. Petrobras e Itaú Unibanco seguiram liderando as indicações, mostrando que o mercado segue otimista com a melhora administrativa da estatal e com a qualidade da gestão do maior banco privado do país.

A visão geral é que as reformas devem avançar, o que vai favorecer o mercado acionário no médio e longo prazo, diz a Guide Investimentos. “Ainda vemos uma retomada gradual do ciclo de crescimento do lucro das empresas, assim como um ambiente mais propício ao aumento da eficiência das mesmas, com a esperada queda no custo do serviço da dívida e a elevação da utilização da capacidade instalada”, diz a corretora.

Já a XP Investimentos lembra que maio pode ficar marcado na história do país como o mês da aprovação da reforma da Previdência na Câmara e o embate entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o juiz Sérgio Moro. Além disso, os juros básicos podem cair dos atuais 11,25% ao ano para 10% ou até 9,75%, voltando a um dígito. O corte maior não prejudicaria as expectativas de inflação, mas ajudaria bastante a imagem do governo e a recuperação da economia, avalia a corretora.

Já o Bradesco segue com sua visão positiva para a bolsa, com a continuidade da queda dos juros, o crescimento do PIB e o ajuste fiscal. “Em nossas carteiras, seguirmos uma estratégia de maior seletividade, dando agora um foco maior em empresas ligadas à retomada doméstica”, diz o banco em relatório. “Continuamos combinando em nossa estratégia a exposição de ações ligadas a setores exportadores com ações sensíveis a cortes nas taxas de juros e micro-reformas”, afirma o banco. “Sugerimos ainda algumas alternativas mais sensíveis à economia doméstica, com posições relacionadas a bancos e ações de consumo”. O banco retirou Cemig e Copasa da carteira e colocou Iochpe-Maxion e Lojas Renner.

Confira abaixo as indicações de cada corretora:

Fonte: corretoras