De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial brasileira acumulou no período entre primeiro de janeiro e trinta e um de maio de 2017 um saldo positivo de US$ 29,032 bilhões. Nesse período, composto por cento e três dias úteis, as exportações do país alcançaram a cifra de US$ 87,932 bilhões. As importações, por sua vez, totalizaram US$ 58,900 bilhões.

No mesmo período do ano anterior, composto por cento e dois dias úteis, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 19,682 bilhões, resultado de US$ 73,513 bilhões em exportações contra US$ 53,830 bilhões de importações.

 

Saldo Comercial

Comparando a média diária de saldo comercial até a última semana de maio de 2017 (US$ 281,9 milhões) com a média diária de saldo comercial até a última semana de maio de 2016 (US$ 193,0 milhões), percebe-se um crescimento de 46,1% de um ano para o outro, fruto de um aumento na média diária de exportações entre os dois períodos, superior ao aumento aferido nas importações.

Total Média
Jan – Mai 2017 29.032 281,9
Jan – Mai 2016 19.682 193,0
Variação % 47,5% 46,1%

 

Exportações

A comparação da média diária de exportações até a última semana de maio de 2017 (US$ 853,7 milhões) com a média diária de exportações até a última semana de maio de 2016 (US$ 720,7 milhões) apresenta uma elevação de 18,5%.

Total Média
Jan – Mai 2017 87.932 853,7
Jan – Mai 2016 73.513 720,7
Variação % 18,5%

No acumulado janeiro-maio de 2017, registraram crescimento em relação a igual período de 2016, os produtos: básicos (+27,0%, para US$ 42,868 bilhões), semimanufaturados (+15,3%, para US$ 12,062 bilhões) e manufaturados (+8,9%, para US$ 30,919 bilhões).

Com relação à exportação de produtos básicos, houve aumento de receita de: petróleo em bruto (+133,4%), minério de ferro (+94,7%), carne suína (+28,7%), minério de cobre (+21,2%), soja em grão (+20,7%), carne de frango (+10,0%) e café em grão (+9,1%).

Dentro dos semimanufaturados, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de: semimanufaturados de ferro/aço (+79,6%), ferro fundido (+43,6%), açúcar em bruto (+34,0%), óleo de soja em bruto (+22,8%), madeira serrada (+20,7%), ferro-ligas (+10,5%) e celulose (+3,1%).

No grupo dos manufaturados, ocorreu crescimento principalmente em: óleos combustíveis (+165,0%), veículos de carga (+60,9%), açúcar refinado (+58,5%), automóveis de passageiros (+49,5%), tratores (+38,7%), laminados planos (+29,3%), máquinas p/terraplanagem (+24,1%), calçados (+19,0%), óxidos/hidróxidos de alumínio (+11,4%), pneumáticos (+10,5%), autopeças (+9,4%), bombas e compressores (+5,1%) e motores p/veículos e partes (+1,6%).

Por mercados compradores, cresceram as vendas para os principais destinos, a saber: Ásia (+28,5%, sendo que a China cresceu 36,9%, para US$ 23,1 bilhões, por conta de minério de ferro, petróleo em bruto, soja em grão, celulose, óleo de soja em bruto, ferro-ligas, hidrocarbonetos, minério de manganês, carne bovina, bombas e compressores, minério de cobre, aviões, motores p/veículos e partes, polímeros plásticos), América Central e Caribe (+21,7%, por conta de petróleo em bruto, óleos combustíveis, papel e cartão, celulose, minério de ferro, semimanufaturados de ferro/aço, medicamentos, farelo de soja, automóveis de passageiros, carne de frango, bombas e compressores, pisos e revestimentos), Oriente Médio (+21,8%, principalmente por conta de minério de ferro, açúcar, munições de caça/esporte, carne de frango e bovina, automóveis de passageiros, tubos de ferro fundido, chassis com motor, café em grão, laminados planos, pedras preciosas/semipreciosas), Estados Unidos (+21,8%, por conta de petróleo em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, partes de motores e turbinas p/aviação, automóveis de passageiros, óleos combustíveis, minério de ferro, hidrocarbonetos, ferro fundido, carne bovina, café em grão, máquinas p/terraplanagem, óxidos/hidróxidos de alumínio, etanol, couros e peles, pneumáticos), Mercosul (+19,7%, sendo que para a Argentina cresceu 25,5%, por conta de automóveis de passageiros, veículos de carga, máquinas p/uso agrícola, máquinas p/terraplanagem, tratores, semimanufaturados de ferro/aço, autopeças, ônibus, soja em grão, laminados planos, minério de ferro, hidrocarbonetos, petróleo em bruto), África (+9,6%, em decorrência de açúcar, minério de ferro, carne de frango, zinco em bruto, óxidos/hidróxidos de alumínio, trigo em grão, tubos de ferro fundido, carnes salgadas, soja em grão, pneumáticos, construções de ferro/aço, construções pré-fabricadas) e União Europeia (+3,9%, por conta de minério de ferro, petróleo em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, óleos combustíveis, café em grão, laminados planos, máquinas p/terraplanagem, soja em grão, hidrocarbonetos, ferro-ligas, ferro fundido, preparações de carne de peru, medicamentos, ácidos carboxílicos). Por outro lado, decresceram as vendas para a Oceania (-0,2%, por conta açúcar em bruto, motores e geradores elétricos, minério de ferro, ônibus, ferramentas p/forjar metais).

Os principais países de destino das exportações, no acumulado janeiro-maio/2017, foram: 1º) China (US$ 23,1 bilhões), 2º) Estados Unidos (US$ 10,6 bilhões), 3º) Argentina (US$ 6,7 bilhões), 4º) Países Baixos (US$ 3,8 bilhões) e 5º) Japão (US$ 2,0 bilhões).

 

Importações

A comparação da média diária de importações até a última semana de maio de 2017 (US$ 571,8 milhões) com a média diária de importações até a última semana de maio de 2016 (US$ 527,7 milhões) apresenta um aumento de 8,4%.

Total Média
Jan – Mai 2017 58,900 571,8
Jan – Mai 2016 53.830 527,7
Variação % 8,4%

No acumulado janeiro-maio de 2017, quando comparado com igual período anterior, houve crescimento em combustíveis e lubrificantes (+23,9%), bens intermediários (+13,0%) e bens de consumo (+4,8%), enquanto decresceram as compras de bens de capital (-19,4%).

Por mercados fornecedores, na comparação janeiro-maio 2017/2016, cresceram as compras originárias dos principais mercados, a saber: Oceania (+118,4%, por conta de carvão, alumínio em bruto, inseticidas, ligas de alumínio, artigos de prótese, sulfato de amônio, medicamentos, alumínio em desperdícios, miudezas bovinas), África (+10,4%, por conta de naftas, adubos e fertilizantes, ureia, carvão, fosfatos de cálcio, produtos hortícolas, borracha natural, minério de alumínio, laminados planos, hidrocarbonetos, alumínio em desperdícios, álcoois acíclicos, minério de manganês, inseticidas), Estados Unidos (+10,4%, por conta de óleos combustíveis, etano, carvão, gasolina, medicamentos, soda cáustica, algodão em bruto, coque de petróleo, motores p/veículos e partes, polímeros plásticos, autopeças, borracha sintética, chapas/folhas de plástico, aparelhos de rádio, aparelhos transmissores/receptores e partes, adubos e fertilizantes), Ásia (+12,3%, sendo que a China cresceu 8,9%, por conta de dispositivos semicondutores, aparelhos transmissores/receptores e partes, circuitos integrados, laminados planos, autopeças, coques e semicoques de carvão, motores e geradores elétricos, aparelhos eletromecânicos, máquinas automáticas, tecidos de fibras têxteis, pneumáticos, bombas e compressores, tecidos de malha) e Mercosul (+7,1%, sendo que da Argentina foi +8,1%, por conta de trigo em grão, milho em grão, cevada em grão, alhos comuns, polímeros plásticos, ônibus, naftas, gás propano, leite e creme de leite, óleo de girassol, arroz em grão, motores para veículos e partes). Por outro lado, retrocederam as importações originárias da América Central e Caribe (-20,8%, por conta de gás natural, amônia, naftas, instrumentos médicos, alumínio em desperdícios, borracha natural, medicamentos, álcoois acíclicos, compostos heterocíclicos, partes de máquinas automáticas, produtos imunológicos, inseticidas), União Europeia (-2,2%, por conta de máquinas p/tratamento de pedras, partes e peças de aeronaves, máquinas p/elevação de carga, compostos heterocíclicos, fornos industriais, autopeças, cloreto de potássio, turbinas a vapor, inseticidas, máquinas p/fabricação de celulose, laminadores de metais, máquinas p/empacotar) e Oriente Médio (-0,6%, por conta de gás natural, querosene, óleos combustíveis).

Os principais países de origem das importações foram: 1º) China (US$ 10,3 bilhões), 2º) Estados Unidos (US$ 10,2 bilhões), 3º) Argentina (US$ 3,8 bilhões), 4º) Alemanha (US$ 3,6 bilhões) e 5º) Coreia do Sul (US$ 2,2 bilhões).