De acordo com o último relatório divulgado nesta quinta-feira, 01 de Junho de 2017, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial brasileira acumulou um superávit de 7,661 bilhões de dólares nas cinco semanas de Maio.
Foram apuradas todas as transações comerciais do Brasil com o exterior entre os dias 01 e 31 do quinto mês do ano, período composto por vinte e dois dias úteis. Este saldo positivo foi resultado de exportações no valor de US$ 19,792 bilhões e importações que totalizaram US$ 12,131 bilhões.
Exportações em Maio de 2017
No mês, as exportações por fator agregado alcançaram os seguintes valores: básicos (US$ 9,703 bilhões), manufaturados (US$ 6,873 bilhões) e semimanufaturados (US$ 2,778 bilhões). Sobre o ano anterior, cresceram as exportações de semimanufaturados (+16,4%) e básicos (+11,6%), enquanto retrocederam os manufaturados (-1,2%).
No grupo dos semimanufaturados, quando comparado com maio de 2016, aumentaram as vendas principalmente de semimanufaturados de ferro/aço (+63,7, para US$ 429 milhões), açúcar em bruto (+46,0%, para US$ 824 milhões), ferro fundido (+42,1%, para US$ 57 milhões), celulose (+29,0%, para US$ 527 milhões), madeira serrada (+22,5%, para US$ 56 milhões) e couros e peles (+3,5%, para US$ 189 milhões).
No grupo dos básicos, quando comparado com maio de 2016, cresceram as vendas principalmente de milho em grão (+922,3%, para US$ 53 milhões), petróleo em bruto (+94,2%, para US$ 1,1 bilhão), minério de cobre (+62,5%, para US$ 224 milhões), minério de ferro (+17,5%, para US$ 1,7 bilhão), café em grão (+17,2%, para US$ 386 milhões) e soja em grão (+7,7%, para US$ 4,1 bilhões).
No grupo dos manufaturados, quando comparado com maio de 2016, decresceram as vendas principalmente de motores e geradores elétricos (-22,5%, para US$ 98 milhões) e polímeros plásticos (-4,4%, para US$ 171 milhões). Por outro lado, cresceram as vendas principalmente de tratores (+91,4%, para US$ 125 milhões), laminados planos (+68,3%, para US$ 174 milhões), açúcar refinado (+53,1%, para US$ 204 milhões), automóveis de passageiros (+53,0%, para US$ 593 milhões), máquinas p/terraplanagem (+50,6%, para US$ 181 milhões), óleos combustíveis (+48,5%, para US$ 116 milhões), calçados (+37,4%, para US$ 99 milhões), aviões (+28,0%, para US$ 360 milhões), veículos de carga (+22,4%, para US$ 239 milhões), autopeças (+18,6%, para US$ 188 milhões), chassis com motor (+16,5%, para US$ 93 milhões), pneumáticos (+15,6%, para US$ 114 milhões), óxidos/hidróxidos de alumínio (+14,7%, para US$ 226 milhões) e motores p/veículos e partes (+3,8%, para US$ 149 milhões).
Por mercados compradores, ampliaram-se as vendas para os seguintes destinos: América Central e Caribe (+36,8%, por conta de petróleo em bruto, óleos combustíveis, suco de laranja congelado, celulose, carne de frango, papel e cartão, farelo de soja, bombas e compressores, medicamentos), África (+23,9%, em decorrência de açúcar, minério de ferro, soja em grão, carne de frango, zinco em bruto, tubos de ferro fundido, veículos de carga, tratores, óxidos/hidróxidos de alumínio, celulose, chassis com motor), Estados Unidos (+21,6%, por conta de semimanufaturados de ferro/aço, petróleo em bruto, máquinas p/terraplanagem, celulose, carne bovina, partes de motores e turbinas p/aviação, ferro fundido, tubos de ferro fundido, café em grão, automóveis de passageiros), Oriente Médio (+18,2%, principalmente por conta de açúcar, milho em grão, farelo de soja, chassis com motor, laminados planos, tubos de ferro fundido, minério de ferro, motores e geradores elétricos, tratores), Mercosul (+16,8%, sendo que a Argentina cresceu 21,7%, por conta de automóveis de passageiros, veículos de carga, tratores, autopeças, semimanufaturados de ferro/aço, máquinas p/terraplanagem, soja em grão, máquinas p/uso agrícola, hidrocarbonetos, minério de ferro) e Ásia (+16,2%, sendo que a China cresceu 10,6%, para US$ 5,3 bilhões, por conta de soja em grão, minério de ferro, petróleo em bruto, celulose, aviões, minério de cobre, couros e peles, polímeros plásticos, aparelhos transmissores/receptores, motores p/veículos e partes). Por outro lado, decresceram as vendas para a Oceania (-10,7%, por conta de motores e geradores elétricos, máquinas-ferramentas p/forjar metais, óleo de soja, ônibus, órgãos de animais p/produção farmacêutica, couros e peles, máquinas p/terraplanagem) e União Europeia (-7,0%, por conta de farelo de soja, soja em grão, tubos flexíveis de ferro/aço, ouro em forma semimanufaturada, alumínio em bruto, torneiras/válvulas, suco de laranja não congelado, óleos combustíveis, semimanufaturados de ferro/aço, açúcar em bruto).
Em termos de países, os cinco principais compradores foram: 1º) China (US$ 5,348 bilhões), 2º) Estados Unidos (US$ 2,435 bilhões), 3º) Argentina (US$ 1,536 bilhão), 4º) Países Baixos (US$ 811 milhões) e 5º) México (US$ 486 milhões).
Importações em Maio de 2017
No mês, cresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (+30,2%), bens de consumo (+20,2%) e bens intermediários (+1,5%), enquanto retrocederam as compras de bens de capital (-20,7%).
No grupo dos combustíveis e lubrificantes, o crescimento ocorreu principalmente pelo aumento dos preços de carvão, óleo diesel, petróleo em bruto, gasolina exceto p/aviação, gás natural, coque de hulha, óleos lubrificantes.
No segmento de bens intermediários cresceram as aquisições de álcool etílico, partes de aparelhos de telefonia e de tv, catodos de cobre, células solares, adubos e fertilizantes, memórias digitais montadas, álcool metílico, estireno, coque de petróleo, circuitos integrados, copolímeros de etileno, trigos e misturas de trigos, nitrato de amônio, cevada cervejeira.
No segmento bens de consumo, os principais aumentos foram observados nas importações de produtos imunológicos, automóveis de passageiros, medicamentos, frações de sangue, salmão, arroz, alhos frescos, filés de peixe congelados, veículos equipados p/propulsão, cobertores e mantas, sobretudos masculinos.
Com relação a bens de capital, retrocederam, principalmente, barcos-faróis, fornos não elétricos, máquinas p/empacotar, máquinas e aparelhos mecânicos, escavadoras, helicópteros, aparelhos de treinamento de voo, elevadores de mercadorias, bombas p/líquidos, máquinas p/esmagar substâncias minerais, cortadeiras p/pasta de papel, estruturas flutuantes.
Por mercados fornecedores, na comparação maio 2017/2016, aumentaram as compras originárias dos principais mercados, a saber: Oceania (+241,0%, por conta de carvão, sulfato de amônio, laminados planos, aparelhos transmissores/receptores, ligas de alumínio, máquinas-ferramentas p/retificar metais, artigos de prótese, medicamentos, produtos constituídos do leite, miudezas de animais), Mercosul (+17,0%, sendo que da Argentina cresceu 20,5%, por conta de veículos de carga, trigo em grão, cevada em grão, alhos comuns, ônibus, malte não torrado, autopeças, óleo de girassol, tubos de ferro fundido, polímeros plásticos, óleo de soja em bruto, motores p/veículos e partes, policloreto de vinila) e Ásia (+9,7%, sendo que a China cresceu 7,3%, por conta de dispositivos semicondutores, laminados planos, coques e semicoques, circuitos integrados, partes de aparelhos transmissores/receptores, máquinas automáticas, autopeças, adubos e fertilizantes, compostos heterocíclicos, aparelhos eletromecânicos, aparelhos de ar condicionado, circuitos impressos). Por outro lado, decresceram as compras originárias da América Central e Caribe (-32,5%, por conta de instrumentos médicos, medicamentos, borracha natural, amônia, naftas, inseticidas, alumínio em desperdícios, artigos de prótese, rolamentos e engrenagens, compostos heterocíclicos, torneiras/válvulas, etanol, bombas e compressores), África (-9,4%, por conta de gás natural, petróleo em bruto, adubos e fertilizantes, naftas, platina em bruto, álcoois acíclicos, automóveis de passageiros, compostos de função cetona, partes e peças de aeronaves, autopeças), Oriente Médio (-8,0%, por conta de gás natural, querosene de aviação, óleos combustíveis, adubos e fertilizantes, ureia, inseticidas, compostos heterocíclicos, cloreto de potássio, medicamentos), União Europeia (-6,1%, por conta de compostos heterocíclicos, autopeças, partes e peças de aeronaves, máquinas p/empacotar, helicópteros, máquinas p/elevação de carga, bombas e compressores, aquecedores/secadores, produtos imunológicos, rolamentos/engrenagens, motores e geradores elétricos) e Estados Unidos (-2,3%, por conta de motores e partes de motores e turbinas p/aviação, motores e geradores elétricos, gás natural, querosene de aviação, gás propano, compostos organo-inorgânicos, máquinas p/terraplanagem, instrumentos de medida, partes e peças de aeronaves).
Em termos de países, os cinco principais fornecedores foram: 1º) China (US$ 2,126 bilhões), 2º) Estados Unidos (US$ 2,050 bilhões), 3º) Argentina (US$ 909 milhões), 4º) Alemanha (US$ 772 milhões) e 5º) Coreia do Sul (US$ 439 milhões).
Balança Comercial Acumulada no Ano
Em 2017, após cento e três dias úteis, as exportações somam US$ 87,932 bilhões e as importações, US$ 58,900 bilhões, com saldo positivo de US$ 29,032 bilhões.
Balança Comercial Acumulada nos Últimos 12 Meses
Em períodos de doze meses, as exportações somaram US$ 199,654 bilhões. Sobre o período junho/2015-maio/2016, quando as exportações atingiram US$ 189,946 bilhões, houve aumento de 4,7%, pela média diária.
As importações totalizaram US$ 142,622 bilhões, retração de 4,2% sobre o mesmo período anterior, de US$ 148,278 bilhões, pela média diária.
O saldo comercial, em doze meses, acumula superávit de US$ 57,033 bilhões, valor 36,9% superior ao alcançado em equivalente período anterior (US$ 41,669 bilhões).