Credit Suisse vê momento delicado par troca de CEO da Ultrapar

O mercado pode temer algum impacto sobre uma descontinuidade dos projetos em andamento

O momento parece delicado para uma troca de CEO na Ultrapar (BOV:UGPA3) avalia o Credit Suisse em em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (22). Para os analistas, André Natal e  Régis Cardoso, o mercado pode temer algum impacto sobre uma descontinuidade dos importantes projetos em andamento na companhia.

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O atual comandante, Thilo Mannhardt, deixa a empresa após liderar uma expansão orgânica rentável desde 2013, além de ter comandado as importantes aquisições da Extrafarma e das ainda pendentes de aprovação Alesat e Liquigás. Já o novo CEO, Frederico Curado, desenvolveu a sua carreira por 32 anos na Embraer, onde foi presidente por uma década.

“Acreditamos que o evento pode ser inicialmente considerado pelo mercado como um pouco negativo devido ao risco potencial de descontinuidade em um momento particularmente importante para a empresa. No entanto, em nossa opinião, ainda é cedo demais para avaliar quais possíveis mudanças estratégicas podem seguir, se houver”, avaliam.

O momento da troca, contudo, parece delicado.

“A Ultrapar está agora em meio a desenvolvimentos importantes, como as aquisições recentemente anunciadas que, se aprovadas pela autoridade antitruste, exigirão esforços significativos para fundir operações e extrair as sinergias prometidas”, explicam.

Natal e Cardoso argumentam que a Ultrapar está agora alcançando o outro lado das águas turbulentas de 2015 e 2016, quando os ambientes econômicos e competitivos foram muito desafiadores. A recomendação continua em outperform (desempenho acima da média do mercado), com um preço-alvo de R$ 89.