Parente: alavancagem da Petrobras(BOV:PETR4) está convergindo para a meta em 2018

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, destacou que a alavancagem da empresa está convergindo para a meta de 2,5 vezes em 2018 e disse que não há um número definido final. A este respeito, ele comentou: “Eu não gostaria de alavancagem superior a 1,5 vez”.

A declaração foi feita nesta quinta-feira, 22, durante o 19º Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais promovido pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

O executivo lembrou que certas decisões que a empresa tomou no passado, como por exemplo investimentos que não produziram o resultado esperado e a prática de preços de combustíveis abaixo da paridade internacional, geraram crescimento explosivo da dívida bruta, que atingiu US$ 132 bilhões ao final de 2015. “Neste mesmo período, a geração operacional de caixa ficou estável”, relatou.

“A dívida líquida chegou a atingir mais de 5 vezes o Ebitda, o que não é uma situação confortável”, disse. Sobre política de preços, Parente disse que está sendo “considerada seriamente” a possibilidade de aumentar a frequência de mudanças, acrescentando que a política é essencial para parcerias na área de refino. De acordo com o executivo, para definir preços, é observada a relação margem versus participação de mercado.

Resgate antecipado

A Petrobras concluiu nesta quinta-feira a liquidação financeira do resgate antecipado dos títulos no exterior com vencimento em 2018 (2,750% Global Notes, 5,875% Global Notes e 4,875% Global Notes), da Petrobras Global Finance. O valor total do resgate foi equivalente a cerca de US$ 1,84 bilhão, excluindo juros capitalizados e não pagos e considerando para os títulos em euros a taxa de câmbio de US$ 1,1149/.

O resgate foi financiado com os recursos captados pela companhia na recente emissão de títulos, concluída em 22 de maio, conforme já divulgado ao mercado pela estatal na terça-feira (20).

(Por Karin Sato e Fátima Laranjeira)