ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for charts Cadastre-se para gráficos em tempo real, ferramentas de análise e preços.

PMI industrial do Brasil sobe em maio para maior nível desde 2013, mostra Markit

LinkedIn

A indústria brasileira parece se despedir da pior recessão do século. É o que mostra o Índice Gerente de Compras™ (PMI™) IHS Markit industrial para o Brasil, que subiu para 52,0, sazonalmente ajustado, ante 50,1 em abril. Foi a segunda melhoria consecutiva na saúde do setor de produção de mercadorias, levando o indicador ao seu nível mais elevado desde fevereiro de 2013. O PMI é uma pesquisa com executivos de empresas sobre como estão os negócios e suas perspectivas e serve de indicador antecedente da atividade.

Segundo o Markit, a mudança de tendência do setor industrial brasileiro começou em fevereiro, após mais de dois anos de contração, culminando com a melhora acentuada em maio devido à aceleração da econômica. Diante do aumento mais acentuado de novos pedidos  desde janeiro de 2013, as empresas intensificaram a produção da maneira mais significativa em quase quatro anos e meio.

A combinação de necessidades maiores de produção e uma inflação de custo mais fraca incentivou as empresas a comprarem mais insumos, com a expansão dos níveis de aquisição se revelando a mais forte em mais de três anos.

É animador ver o setor industrial brasileiro se afastar de um período de recessão profundo e prolongado, diz a responsável pela pesquisa, Pollyanna De Lima.

Crise política é ameaça

Ela observa que uma demanda bastante ativa sustentou os aumentos mais acentuados desde 2013 nos volumes de novas encomendas e de produção, levando a uma nova rodada de crescimento nas compras de insumos e a uma redução mais suave no nível de empregos. “Muitos irão se perguntar até que ponto a recuperação pode chegar ao nos aproximarmos da metade de 2017, principalmente porque as reformas econômicas críticas poderão ser adiadas tendo em vista as alegações de corrupção envolvendo o presidente interino recentemente noticiadas”, alerta a economista.

Segundo ela, é vital agora que o governo continue com sua agenda de reformas para evitar obstáculos à recuperação econômica.

Sentimento positivo é o menor do ano

Essa preocupação aparece nas expectativas dos empresários consultados, que esperam que investimentos, conquistas de novos clientes e reformas econômicas sustentem o crescimento da produção no próximo ano. Porém, o nível de sentimento positivo caiu, atingindo o seu ponto mais baixo até agora em 2017.

Todos segmentos melhorando

Um sinal importante da recuperação é que o crescimento foi evidente em todos os três grupos de mercado monitorados pelo PMI, diz o Markit.

O volume de novos pedidos, o maior subcomponente do PMI, expandiu-se ao ritmo mais rápido em 52 meses. Segundo os entrevistados, a recuperação dos registros de pedidos refletiu o fortalecimento das condições de demanda. Tendo caído em abril, o volume de novos pedidos para exportação cresceu em maio. Os entrevistados associaram esse fato principalmente a entradas mais fortes de novos negócios provenientes da Europa e da América do Sul.

O crescimento de novos projetos incentivou os fabricantes no Brasil a comprarem quantidades maiores de insumos para uso no processo de produção. Os níveis de compra subiram modestamente, mas ao ritmo mais rápido em mais de três anos.

Produção mais elevada desde 2013

O crescimento do volume de produção ganhou ímpeto em maio, atingindo a sua taxa mais elevada desde o início de 2013. O aumento foi o terceiro em três meses, após um período de contração que durou mais de dois anos. Os participantes da pesquisa indicaram que a conclusão dos pedidos em atraso e os níveis crescentes de novos trabalhos sustentaram o aumento da produção.

Assim, a quantidade de pedidos pendentes diminuiu ainda mais, com o ritmo de redução permanecendo acentuado.

Nível de emprego, cortes menores

Sobre o nível de emprego, embora ele tenha diminuído novamente em maio, a taxa de cortes de vagas se atenuou, atingindo o seu ponto mais lento na atual sequência de 27 meses de redução.

Dólar pressiona custos

Os fabricantes continuaram a indicar aumentos nas cargas de custos, embora a taxa de inflação tenha se atenuado. A exceção foram os preços mais altos pagos por matérias-primas, em grande parte vinculadas à alta do dólar, que subiu após o escândalo envolvendo o presidente Michel Temer, em 18 de maio. Mas os empresários mencionaram aumentos mais lentos nos custos de insumos em todos os três segmentos monitorados. Ao mesmo tempo, a inflação de preços cobrados no setor como um todo se acelerou, mas permaneceu branda apenas.

Estoques menores

Os fabricantes indicaram uma redução de seus estoques de produtos acabados, com o atendimento de pedidos utilizando os estoques de mercadorias. Os estoques de insumos também caíram em maio.

Deixe um comentário