Até dia 27, faltando apenas dois dias úteis para o fechamento do mês, os investidores estrangeiros trouxeram para a Bovespa R$ 3,093 bilhões em julho. Se mantido, esse saldo será o segundo maior do ano, perdendo apenas para os R$ 6,244 bilhões de janeiro. Com esse valor, o saldo de estrangeiros na B3 comprando ações acumulado no ano atinge R$ 7,984 bilhões até 27 de julho.
Apesar da retomada dos investimentos depois de uma saída de R$ 768 milhões em junho, a participação dos estrangeiros nos negócios com ações caiu este mês, para 46,8%, ante 50,1% em junho e uma média de 50,4% no ano. Parte desse volume foi para pessoas físicas, que passaram de 14,8% em junho para 19% em julho, elevando a média no ano para 16,9%. Muitas ofertas públicas de ações podem ter aumentado o interesse das pessoas físicas pelo mercado de ações.
Já os investidores institucionais respondem por 27,9% do volume negociado, um pouco abaixo dos 28,2% de junho, mas acima da média do ano, de 26,5% do volume.
O volume diário negociado em ações na bolsa em julho está em R$ 6,329 bilhões, 9,7% abaixo dos R$ 7,010 bilhões de junho, e 21% abaixo da média do ano, de R$ 7,992 bilhões. A média do ano, por sua vez, está 7,8% maior que os R$ 7,416 bilhões do ano passado. Os volumes caíram mais expressivamente em junho e julho, após a volta da crise política, por conta das denúncias contra o presidente Michel Temer feitas pelo empresário Joesley Batista, da JBS.