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Pré-Market: Vitória de Pirro?

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As manobras do governo no troca-troca de deputados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara deram certo e garantiram a vitória do presidente Michel Temer na rejeição do parecer do relator Sergio Zveiter, por 40 votos a 25. A vantagem obtida no placar é praticamente a quantidade exata de mudanças feitas, que garantiram 13 votos contra a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva.
Com isso, o Palácio do Planalto está mais confiante quanto à votação no plenário da Câmara, agora que foi aprovado, por 41 votos a 24, um relatório favorável a Temer e contrário ao prosseguimento da denúncia, feito por Paulo Abi-Ackel (PMDB). O presidente da Casa, Rodrigo Maia, decidiu marcar a votação apenas para agosto, uma vez que o Congresso aprovou ontem à noite as últimas pendências antes das férias parlamentares.

Mas a vitória obtida pelo governo Temer deixou a sensação de que houve uma manipulação do resultado e que a vitória foi obtida a um alto preço, o que deixa em aberto a disputa no plenário. A própria decisão de Maia foi um revés para Temer, que queria liquidar a questão neste mês, ciente de que o surgimento de fatos novos pode comprometer a base aliada. Tais fatos se referem tanto à nova denúncia da PGR quanto a novas delações premiadas.

A avaliação no Planalto é de que será um risco bem maior deixar o tema ser analisado somente em agosto, no dia 2. Além disso, Maia manteve a avaliação de que é necessário ter um quórum mínimo de 342 deputados para votar a denúncia. Trata-se da quantidade necessária para encaminhar a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF). A votação será nominal, no mesmo formato do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Com a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz federal Sergio Moro e com o atual presidente, Michel Temer, denunciado pelo crime de corrupção, a questão que os investidores – estrangeiros, principalmente – se perguntam é: o que acontece quando o país está sem líderes em um sistema político tão frágil? Ainda mais, às vésperas das eleições presidenciais de 2018.

Uma das respostas pode ser a construção de um candidato, tal qual foi com o ex-presidente Fernando Collor de Mello, no fim dos anos 80. Afinal, para o mercado, é preciso emplacar um candidato que conquiste os votos nas urnas e que seja capaz de dar continuidade às reformas econômicas, convencendo o eleitor dessa necessidade durante a campanha.

Por mais que seja necessário reformar a economia – com novas leis no mercado de trabalho e na aposentadoria – não se pode esquecer do sistema político. O que o Brasil precisa urgentemente é de uma reforma política – algo que foi bradado durante as manifestações de 2013, mas para a qual se faz vista grossa desde então.

Esse seja, talvez, o maior desafio do país atualmente. Mas se nada for feito, será muito difícil para qualquer reforma econômica cumprir a promessa de um futuro melhor para o país, até que a reforma política aconteça, efetivamente. Enquanto isso, o Brasil segue na eterna promessa de ser “o país do futuro”.

A agenda doméstica traz apenas a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em maio (8h30), que antecipa os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) na ótica da oferta.  A previsão é de alta de 0,50% na comparação com abril e avanço de 2,80% em relação a um ano antes.

Já no exterior o calendário econômico do dia está carregado e tem como destaque os indicadores norte-americanos sobre a inflação ao consumidor, as vendas no varejo (ambos às 9h30) e a atividade industrial (10h15), todos referentes ao mês de junho. Também será conhecida a leitura prévia de julho da confiança do consumidor (11h).

Na safra de balanços norte-americana, saem os resultados trimestrais dos bancos JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup. À espera desses números, os mercados internacionais fazem uma pausa para recompor o fôlego, após o rali recente. Os índices futuros das bolsas de Nova York exibem leves baixas, após uma sessão de ganhos na Ásia, ao passo que as principais bolsas europeias estão de lado, assim como o dólar e o petróleo.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, estará presente no simpósio promovido pelo Federal Reserve em Jackson Hole (Wyoming, EUA), no mês que vem, e os investidores temem a possibilidade de ele pode aproveitar o evento para enviar uma mensagem de menos estímulos monetários na zona do euro. De qualquer forma, essa disposição dos BC nos dois lados do Atlântico Norte não significa que as condições de liquidez serão tão apertadas quanto eram antes da eclosão da crise de 2008.

 

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