As ações da Guararapes (BOV:GUAR3) têm chamada a atenção em 2017.  Com alta de 76%, os papéis superam de longe o Ibovespa (+12,8%) e se juntam ao desempenho positivo de outras varejistas como Lojas Renner (BOV:LREN3) (41%) e Magazine Luiza (BOS:MGLU3) (279%). A equipe de análise do Bradesco BBI está de olho nesta performance e elevou o preço-alvo para os ativos da controladora da Lojas Riachuelo de R$ 100 para R$ 140. O valor indica um potencial de valorização adicional de 30%.

Segundo o analista Richard Cathcart, a empresa negocia na B3 com um desconto de aproximadamente 40%, mas que pode diminuir com a evolução positiva das vendas no formato “mesmas lojas”, ou seja, abertas há no mínimo 12 meses. A expectativa é de que o segmento registre, no segundo trimestre, um crescimento das vendas acima da inflação pela primeira vez desde 2014.

“Acreditamos que o forte resultado do segundo trimestre (agendado para 9 de agosto) fornecerá mais evidências de que a aceleração do novo centro de distribuição (CD) seja frutífera. O reabastecimento mais eficiente das lojas, habilitado pelo CD, contribuirá para um ganho de margem bruta que deve atingir 2,50 pontos percentuais”, avalia Cathcart.

O analista destaca que esta será a terceira expansão trimestral consecutiva da margem bruta, o que indica um retorno à consistência e “deve aumentar a confiança dos investidores de que sua margem bruta pode retornar aos níveis históricos”. O Bradesco avalia que a Guararapes oferece uma combinação de história de recuperação operacional com recuperação econômica.